Valentina Herszage, de Ainda Estou Aqui, debate abuso em As Polacas

O filme As Polacas, dirigido por João Jardim e produzido por Iafa Britz, estreou na última quinta-feira (12/12) nos cinemas. A produção aborda uma história inspirada na trajetória real de mulheres judias da Polônia que vieram ao Brasil, acreditando nas promessas de uma vida melhor, mas que se viram presas em uma rede de exploração e tráfico de mulheres.

O longa é protagonizado por Valentina Herszage (Ainda Estou Aqui), no papel de Rebeca, e Caco Ciocler, interpretando o carrasco Tzvi. Também compõem o elenco Dora Freind, Clarice Niskier, Anna Kutner, Isis Pessino, Amaurih Oliveira, Erom Cordeiro e Otavio Muller.

As Polacas segue a trajetória de Rebeca, uma jovem que foge da fome e das perseguições aos judeus na Europa durante a guerra. Ao chegar ao Rio de Janeiro, ela descobre que o marido, que deveria recebê-la, faleceu. Sozinha, acaba capturada por uma rede de prostituição comandada por Tzvi. Apesar das adversidades, Rebeca encontra solidariedade entre outras mulheres na mesma situação e forma alianças que a ajudam a sair dessa situação.

Em entrevista ao Metrópoles, Valentina Herszage destacou o impacto emocional de viver Rebeca e a importância do ambiente acolhedor durante as filmagens, principalmente ao abordar temas tão complexos como abuso sexual e exploração.

“Foi desafiador, mas muito lindo. Tivemos uma preparação com todo o elenco muito baseada no roteiro. A equipe, composta majoritariamente por mulheres, criou uma relação de confiança e intimidade que foi fundamental”, disse a atriz, que recentemente também brilhou na promessa do Oscar, Ainda Estou Aqui.

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Para Caco Ciocler, interpretar Tzvi também foi um processo intenso. “Foi um dos meus papéis mais desafiadores. Não há como buscar referências externas; tudo vem do que você entende internamente. Foi um desafio buscar em mim as partes mais sombrias para construir o personagem”.

Já Iafa Britz, produtora do filme, ressaltou os desafios técnicos e históricos da produção, incluindo a recriação de cenários e pesquisas sobre essas mulheres para “levantar uma história que foi escondida”.

“Foram muitos desafios desde a pesquisa até a reconstrução de época. Foi necessário ouvir histórias das polacas, de seus descendentes, e retratar essa realidade com respeito e estética. O que eu acredito que conseguimos fazer com maestria”, garante.

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