Fiocruz: Aracaju está entre as 10 capitais do país com alta de casos de doenças respiratórias associadas à covi-19

 

Aracaju é uma das 10 capitais do país que apresentam sinal de crescimento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave  – SRAG, associados à covid-19. A informação consta no novo boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado no último dia 12. A análise é referente à Semana Epidemiológica (SE) 49, a atualização abrange o período de 1 a 7 de dezembro.

A pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do InfoGripe, observou que foi registrado aumento de hospitalizações em três unidades federativas. “Houve um importante crescimento de hospitalizações nos estados do Espírito Santo, Santa Catarina, Maranhão e Distrito Federal, associado principalmente ao aumento de casos por rinovírus. Esse vírus tem afetado principalmente crianças e adolescentes de até 14 anos”, informou Portella.

Entre as capitais, apresentam sinal de crescimento de casos de SRAG: Aracaju (Sergipe), Brasília (Distrito Federal), Boa Vista (Roraima), Campo Grande (Mato Grosso), Florianópolis (Santa Catarina), Fortaleza (Ceará), João Pessoa (Paraíba), Porto Velho (Rondônia), São Luís (Maranhão) e Vitória (Espírito Santo).

Em relação ao cenário de aumento de casos graves por Covid-19 no Ceará, a pesquisadora alertou que diante da probabilidade do vírus se espalhar para outros estados é importante estar em dia com a vacinação contra a doença, principalmente as pessoas que fazem parte dos grupos de risco, tais como idosos, crianças, grávidas, puérperas, indígenas e profissionais de saúde. “Além disso, em todos estados foi observado aumento de casos de SRAG, a gente também recomenda que as pessoas busquem usar máscaras dentro de locais com maior aglomeração de pessoas, com baixa circulação de ar e dentro dos postos de saúde. Caso apresente qualquer sinal de gripe ou resfriado, o ideal é ficar em isolamento em casa.  Se não for possível fazer esse isolamento, o recomendado é sair de casa usando uma boa máscara. Diante de qualquer sinal de piora desses sintomas de síndrome gripal, é muito importante procurar um atendimento médico”, orientou.

Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 7,2% para influenza A; 7,9% para influenza B; 6,9% para vírus sincicial respiratório (VSR), 40,5% para rinovírus; e 29,6% para Sars-CoV-2 (Covid-19).  Entre os óbitos, a prevalência entre os casos positivos foi de 9,7% para influenza A; 11,3% para influenza B; 0% para VSR; 17,2% para rinovírus; e 58.6% parta Sars-CoV-2 (Covid-19).

Incidência e mortalidade

A incidência e mortalidade média nas últimas oito semanas epidemiológicas mantiveram o cenário típico de maior impacto nos extremos das faixas etárias analisadas. A incidência de SRAG impacta mais as crianças de até dois anos. Já em termos de mortalidade ocorre o inverso, com a população a partir de 65 anos sendo a mais impactada.

Nos casos de SRAG por Sars-CoV-2 (Covid-19), a incidência tem maior impacto nas crianças pequenas e idosos, enquanto a mortalidade é mais elevada entre os idosos a partir de 65 anos. Quanto aos demais vírus com circulação relevante no país, o impacto nos casos de SRAG tem se concentrado nas crianças pequenas e são decorrentes principalmente ao rinovírus.

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