Mais asteroides que se comportam como cometas foram encontrados

Uma equipe internacional de cientistas acaba de descobrir sete novos dos chamados cometas escuros, que são asteroides que “agem” como cometas; portanto, agora há 14 objetos do tipo conhecidos. E mais: além de expandir a lista de cometas, os novos dados indicam que há pelo menos dois tipos diferentes deles. 

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Os cometas escuros são rochas espaciais que se parecem com asteroides, mas viajam pelo espaço como cometas. O primeiro deles foi revelado quando pesquisadores analisaram a trajetória do “asteroide” 2003 RM e notaram algo estranho: ele estava consideravelmente fora da órbita esperada, e isso não podia ser explicado pela aceleração típica dos asteroides. 

O objeto interestelar 1I/2017 U1 (‘Oumuamua) não é um cometa escuro, mas seu movimento ajudou os pesquisadores a entenderem melhor estas rochas espaciais misteriosas (Imagem: Reprodução/Stuart Rankin)

“Quando você vê esse tipo de perturbação em um objeto celeste, normalmente significa que é um cometa com materiais voláteis saindo da sua superfície e dando um pouco de impulso”, explicou Davide Farnocchia, coautor do novo estudo. “Mas por mais que tentássemos, não encontramos nenhum sinal da cauda do cometa; pareceu um asteroide como qualquer outro”, finalizou. 


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Agora, os pesquisadores anunciaram a identificação de sete novos cometas do tipo, e descobriram que eles podem ser divididos em dois grupos: um contém os maiores, que “vivem” no Sistema Solar externo, alcançam centenas de metros de diâmetro e viajam em órbitas elípticas; o outro tem objetos que medem algumas dezenas de metros, são encontrados no Sistema Solar interno e têm órbitas mais circulares.  

Como a descoberta destes objetos ainda é bem recente, ainda não se sabe muito sobre eles, mas mesmo assim é importante investigá-los. “Os cometas escuros são uma possível nova fonte que pode ter trazido à Terra os materiais necessários para o desenvolvimento da vida”, disse Seligman. “Quanto mais aprendermos sobre eles, melhor podemos entender o papel deles na origem do nosso planeta”, finalizou. 

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. 

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