Trump critica Biden por autorizar uso de mísseis americanos para atacar a Rússia

Washington – O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou a decisão de Joe Biden de permitir que as forças ucranianas utilizem armas de longo alcance dos EUA para atacar mais profundamente o território russo. Durante uma conferência em seu resort, Mar-a-Lago, Trump classificou a medida de “estúpida” e indicou que poderia reverter a política assim que assumir o cargo, no próximo mês.

Trump expressou frustração por não ter sido consultado sobre a decisão. Ele questionou por que Biden tomou essa medida sem consultar sua futura administração. “Eu não teria deixado fazer isso”, afirmou Trump, sugerindo que a mudança de política deveria ter sido adiada até sua posse.

Críticas à decisão de Biden A decisão de Biden, tomada no mês passado, permitiu à Ucrânia usar o Sistema de Mísseis Táticos do Exército (ATACMS) fornecido pelos EUA para atacar posições russas a centenas de quilômetros da fronteira. Trump criticou fortemente a medida, considerando-a um erro estratégico, e sugeriu que isso poderia agravar a situação antes de sua posse.

Durante a conferência, Trump destacou a importância de adiar decisões de grande impacto até que sua administração estivesse em funcionamento. “Eu acho que foi uma coisa muito estúpida de se fazer”, acrescentou o ex-presidente.

Reação da Casa Branca O porta-voz de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, defendeu a ação de Biden, dizendo que a decisão foi resultado de meses de deliberações, iniciadas muito antes das eleições. Kirby explicou que, desde a eleição, houve discussões contínuas sobre a lógica por trás da mudança na política de apoio à Ucrânia.

A relação de Trump com a Rússia A relação de Trump com o presidente russo, Vladimir Putin, tem sido amplamente discutida desde sua campanha presidencial de 2016. Trump já havia elogiado Putin, chamando-o de “muito inteligente”, e sugerido que a Rússia deveria localizar e divulgar os e-mails de sua adversária, Hillary Clinton. Essa postura gerou críticas, especialmente pela defesa de Putin em momentos chave, como durante a alegada interferência russa nas eleições dos EUA em 2016.

No entanto, Trump se posicionou favoravelmente a negociações de paz entre a Ucrânia e a Rússia, chamando a guerra de “muito difícil” para resolver. Ele não descartou a possibilidade de alterar a política dos EUA em relação à Ucrânia, caso assuma a presidência.

Pressões por parte da Ucrânia A decisão de Biden seguiu meses de pressão por parte do presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy, que pediu ao Ocidente maior apoio militar. Zelenskyy argumentou que as restrições dos EUA estavam dificultando a defesa da Ucrânia contra os ataques russos às suas cidades e infraestrutura.

Riscos crescentes e o papel dos EUA A mudança na política de Biden ocorreu em um momento crítico, com a Rússia utilizando um novo míssil balístico de longo alcance, o que gerou preocupação nos EUA. A decisão também foi influenciada pela crescente pressão sobre a Ucrânia, que tem buscado reforçar suas defesas enquanto continua a lutar contra a invasão russa.

Entenda o caso

  • O que motivou a crítica de Trump: A decisão de Biden de permitir que a Ucrânia use mísseis de longo alcance americanos contra alvos russos a centenas de quilômetros da fronteira.
  • A reação de Trump: Trump considerou a medida “estúpida” e questionou a falta de consulta antes da decisão. Ele indicou que poderia reverter a política se fosse eleito.
  • A resposta da Casa Branca: A administração de Biden defendeu a medida, dizendo que foi o resultado de meses de deliberações, e não uma decisão tomada sem consulta.
  • O impacto na guerra: A decisão ocorre em um momento em que a Rússia intensifica os ataques contra a Ucrânia, enquanto Zelenskyy continua a pedir mais apoio militar dos aliados.

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