Rock World nega acusações de trabalho análogo à escravidão no Rock in Rio

Rio de Janeiro – O Ministério Público do Trabalho (MPT) autuou a Rock World, responsável pelo Rock in Rio, e a terceirizada Força Bruta Backstage por supostas condições análogas à escravidão envolvendo 14 trabalhadores.

As denúncias, apresentadas em coletiva de imprensa, apontaram jornadas de até 21 horas diárias e condições precárias de descanso. Contudo, a Rock World repudiou as acusações, afirmando que as irregularidades relatadas envolvem exclusivamente a empresa terceirizada.

Em nota oficial, a organizadora do festival afirmou que colabora com as autoridades competentes e segue rigorosos padrões trabalhistas para proteger os direitos dos colaboradores em todos os eventos realizados.

Rock World contesta acusações do MPT

A empresa declarou surpresa com as acusações apresentadas pelo MPT e pelos auditores fiscais, ressaltando que ainda não houve conclusão no processo administrativo. A Rock World destacou a importância do contraditório e da ampla defesa, princípios constitucionais que, segundo a nota, foram ignorados na condução das denúncias.

Medidas tomadas pela Rock World

Segundo a nota, ao tomar ciência das denúncias envolvendo a Força Bruta Backstage, a Rock World agiu prontamente. As ações incluíram notificações à empresa terceirizada e colaboração com o MPT e o Ministério do Trabalho.

A organizadora enfatizou que exige de seus fornecedores e terceirizados o cumprimento de normas trabalhistas, como registro em CLT, exames admissionais, uso de equipamentos de proteção e participação em programas de saúde e segurança no trabalho.

Rejeição ao TAC proposto pelo MPT

A Rock World afirmou que não assinou o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) proposto pelo MPT, porque considerou que as irregularidades relatadas foram de responsabilidade exclusiva da Força Bruta Backstage. Ainda assim, a empresa reafirmou seu compromisso com os direitos trabalhistas e a garantia de condições dignas de trabalho.

Impacto do Rock in Rio no mercado de trabalho

Desde sua criação, o Rock in Rio gerou mais de 300 mil empregos diretos e indiretos em suas 24 edições. Apenas em 2024, o festival contratou mais de 32 mil trabalhadores, envolvendo 160 projetos de marcas e 320 fornecedores. Segundo a nota, todos os processos de contratação foram devidamente documentados e apresentados às autoridades.

Valores da Rock World

A organizadora destacou que, além de proporcionar empregos, mantém projetos sociais que beneficiam comunidades fora das “Cidades do Rock”. Para a empresa, as acusações não refletem sua trajetória ou compromisso com a sustentabilidade, pluralidade e responsabilidade social.


Entenda o caso: acusações contra a Rock World

  • 14 trabalhadores foram resgatados em condições precárias pela Força Bruta Backstage.
  • O MPT e auditores fiscais denunciaram jornadas de até 21 horas diárias.
  • A Rock World afirma que as acusações são precipitadas e nega responsabilidade direta.
  • A empresa rejeitou assinar o TAC e afirma colaborar com o processo legal.
  • Medidas internas garantem rigor trabalhista em seus eventos.

NOTA OFICIAL

A Rock World foi surpreendida pela notícia de uma Coletiva de Imprensa, onde o Procurador do Trabalho (MPT) e Auditores Fiscais do Trabalho (MTE) lançaram sérias acusações contra a Rock World, de maneira precipitada, desrespeitando o direito constitucional ao contraditório, ampla defesa e presunção de inocência, já que os fatos ainda estão sob o crivo de um processo administrativo recém iniciado.

A Rock World repudia as acusações de trabalho análogo a escravo e qualquer forma de trabalho que não respeite a dignidade do trabalhador, bem como destaca que inexiste até o presente momento qualquer fato desabonador de sua conduta que tenha sido comprovado após ser submetido ao devido processo legal.

No que se refere a denúncia relatada, tão logo a Rock World teve notícia dos fatos envolvendo alguns trabalhadores da empresa Força Bruta, agiu prontamente, notificando a empresa e tomando as medidas cabíveis, com a participação do Ministério Público do Trabalho e/ou do Ministério do Trabalho, que acompanharam as providencias adotadas após a denúncia, pela Rock World, a qual jamais se furtou a colaborar e assumir as responsabilidades cabíveis.

A Rock World instrui todas as empresas terceirizadas e fornecedores a realizarem os processos de contratação dentro da legislação brasileira e não admite qualquer ação que viole os direitos humanos. 

Todos os trabalhadores nos eventos produzidos pela Rock World, empresa detentora do Rock in Rio, seguem padrões rigorosos de contratação e exigem:

* Profissionais próprios:

* Registro CLT

* Fazendo parte dos Programas de Saúde e Segurança do Trabalho da RW (PGR e PCMSO)

* Uso de Equipamento de Proteção em toda área do evento durante a montagem e desmontagem

* Vale alimentação e transporte

* Comprovação do vínculo jurídico civil ou societário quando aplicável

* Empresas terceirizadas são obrigadas (assim como subcontratados por eles):

* Registro CLT de toda equipe

* PGR – Programa de Gerenciamento se Riscos e Inventário de Riscos

* PCMSO – Programa de controle médico e saúde ocupacional

* ASO – exame admissional ou periódico

* Uso equipamento proteção em toda a área do evento durante montagem e desmontagem

Além disso, se empenha tomar todas as providências para que nenhum trabalhador seja prejudicado e tenha os direitos garantidos.

Por isso, a Rock World não concordou com os termos apresentados no TAC proposto pelo Ministério Público do Trabalho e optou por não assiná-lo, na medida em que as irregularidades apontadas foram realizadas exclusivamente pela Força Bruta, empresa ativamente atuante no mercado de eventos, que mesmo assim, não caracterizam trabalho análogo a escravo.

Ao longo de 24 edições, 300 mil empregos diretos e indiretos foram criados e milhares de pessoas fora das Cidades do Rock foram beneficiadas por meio dos projetos sociais que o festival apoia, reafirmando os valores de pluralidade, comunidade, sustentabilidade e seu compromisso com a construção de um mundo melhor para todos.

Apenas na última edição do Rock in Rio de 2024, foram gerados mais de 32 mil postos de trabalho. Tais contratações foram distribuídas por 160 projetos de marcas e mais de 320 projetos de fornecedores, todos realizados e apresentados em mais de 30 mil documentos apresentados e analisados pelos órgãos competentes.

Por fim, a Rock World lamenta ter sido alvo de graves e precipitadas acusações, as quais, ao menos em tese, ainda podem ser desconstituídas após o desfecho do devido processo legal.

O post Rock World nega acusações de trabalho análogo à escravidão no Rock in Rio apareceu primeiro em Diário Carioca.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.