Hubble mostra por que anãs marrons não conseguem ficar juntas

Não é nada fácil ser uma estrela anã marrom. Veja só: além de elas serem popularmente conhecidas como estrelas fracassadas, novos dados do telescópio Hubble mostram que elas também não são boas em se manter juntas. 

  • Qual é a estrela mais brilhante do céu noturno?
  • Anã marrom de quase 13 bilhões de anos é encontrada pertinho do Sistema Solar

Como qualquer estrela, as anãs marrons nascem do colapso de nuvens de gás e poeira. A diferença é que elas não conseguem coletar matéria suficiente da nuvem para acumular massa e realizar a fusão nuclear do hidrogênio e hélio — daí o “fracasso”. 

Apesar disso, os cientistas acreditam que elas não são solitárias, e nascem em pares — ou ao menos é o que parecia. Só que, enquanto 75% das estrelas massivas do universo têm vizinhas e 50% das estrelas do tamanho do Sol são binárias, há pouquíssimas anãs marrons unidas em pares.


Siga no Instagram: acompanhe nossos bastidores, converse com nossa equipe, tire suas dúvidas e saiba em primeira mão as novidades que estão por vir no Canaltech.

A solução deste mistério pode estar nas observações do telescópio Hubble, que é capaz detectar anãs marrons binárias separadas por uma distância parecida entre o Sol e o Cinturão de Asteroides. Entretanto, o observatório não identificou nenhum par binário nas amostras de anãs marrons nas proximidades do nosso sistema. 

Comparação de tamanho das anãs brancas com o Sol, estrela de baixa massa, Júpiter e a Terra (Imagem: Reprodução/NASA/JPL)

Isso sugere que, quanto mais antiga for a anã marrom, menos provável é que ela tenha uma vizinha. Para os pesquisadores, isso acontece porque a gravidade que une pares binários de estrelas pode ser tão fraca que, depois de algumas centenas de milhões de anos, elas acabam separadas.

E quem estaria separando as anãs marrons? A equipe tem uma suspeita: “como as anãs marrons são muito leves, a força gravitacional que une os pares binários é muito fraca, e as estrelas que passam podem facilmente separá-las”, explicou Clémence Fontanive, autora principal do estudo. 

O artigo com os resultados do estudo foi publicado na revista Monthly Notices of the Royal Astronomical Society.

Leia a matéria no Canaltech.

Trending no Canaltech:

  • X-Men ’97 quebra recorde do Disney+ e pode trazer de volta outras animações
  • 🤑 BAIXOU MAIS | Leve Galaxy S23 Ultra de 512 GB em ótima oferta
  • iPhone 16 e 16 Pro têm suposto protótipo de design vazado reforçando novidades
  • Review Kodak Mini Shot 3 | Câmera retrô com impressora para celular
  • Peixe mais raro do mundo dá cria e se salva da extinção
  • Japão vê aumento de casos de infecção por bactéria mortal
Adicionar aos favoritos o Link permanente.