Saiba o que são microplásticos, quais tipos existem e os impactos ambientais que provocam

 

Os microplásticos são partículas de plástico minúsculas, com menos de 5 milímetros de tamanho, contendo polímeros e aditivos que podem ser tóxicos, alerta a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

Estes fragmentos minúsculos são resultado da degradação de resíduos plásticos maiores e se tornam quase invisíveis ao olho humano, acrescenta a Aquae Foundation (uma organização sem fins lucrativos de educação, apoio à sustentabilidade e disseminação do conhecimento).

A presença do microplástico em vários ecossistemas representa um risco tanto para os seres humanos quanto para várias espécies. Devido ao seu potencial tóxico, a Organização Pan-Americana da Saúde incluiu os microplásticos na lista de determinantes ambientais da saúde, que busca promover estudos sobre seus efeitos na saúde humana e ambiental, bem como melhorar o gerenciamento de resíduos plásticos.

“Além de invadir a cadeia alimentar humana por meio dos animais marinhos, as pessoas podem inalar microplásticos do ar, ingeri-los da água e absorvê-los por meio de produtos para a pele”, diz o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA).

Os tipos de microplásticos e sua origem

No relatório “Da poluição à solução”, publicado em 2021, o PNUMA divide os microplásticos em duas categorias principais:

Microplásticos primários: são aqueles fabricados intencionalmente para desempenhar uma função específica. Eles incluem cosméticos, limpadores de mãos e microesferas de plástico fabricadas especificamente para essa finalidade, como partículas abrasivas ou pós de moldagem por injeção, por exemplo.

Microplásticos secundários: resultam da decomposição de objetos plásticos maiores. Isso acontece “tanto durante seu uso quanto após sua perda para o meio ambiente”, explica o documento. Como exemplo estão as fibras têxteis e de cordas, e o desgaste e a fragmentação de objetos maiores como pneus de veículos.

Os microplásticos mais comuns

Conforme indicado pela agência ambiental das Nações Unidas, essas minúsculas partículas de plástico estão presentes em itens do cotidiano, incluindo:

  1. Bitucas de cigarro

É uma das fontes mais comuns de microplásticos. As bitucas são compostos de fibras de acetato de celulose e chegam até mesmo aos locais mais remotos do mundo, já que seis trilhões de cigarros são consumidos a cada ano, diz o órgão global.

Como resultado, as bitucas de cigarro são um dos detritos plásticos mais comuns em praias e litorais, tornando os ecossistemas marinhos particularmente vulneráveis aos microplásticos. À medida que se decompõem, as bitucas não apenas liberam essas partículas, mas também metais pesados e produtos químicos que afetam a saúde ambiental.

  1. Roupas e tecidos

Materiais como poliéster, nylon e acrílico representam cerca de 60% das fibras que compõem as roupas e outros tecidos, explica o PNUMA. Durante o uso e a lavagem dessas peças de vestuário, os microplásticos são liberados na forma de microfibras.

Aproximadamente 9% dessas minúsculas partículas que acabam nos oceanos são provenientes desses têxteis, diz a agência da ONU. Prolongar a vida útil das roupas e optar por materiais naturais sempre que possível são formas de mitigar essa fonte de microplásticos.

  1. Cosméticos

Os microplásticos também estão presentes em produtos de higiene e cuidados pessoais, como esfoliantes, pastas de dente e desodorantes, onde são intencionalmente incorporados para dar textura.

“As partículas de plástico nesses produtos podem ser absorvidas pela pele ou, no caso de produtos como batons, ingeridas diretamente”, reconhece a organização.

Fonte: National Geographic Brasil

 

 

 

 

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