Prefeitura recua e libera evento gospel de Ano-Novo no Allianz Parque

São Paulo — Dois dias após negar o pedido, a Prefeitura de São Paulo recuou e concedeu alvará para a realização de um evento de Ano-Novo no Allianz Parque, localizado na Água Branca, bairro da zona oeste da capital paulista.

Segundo a Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL), a Primeira Igreja Batista da Alphaville, que organiza o Vira Brasil 2025, pediu reconsideração do despacho e apresentou as documentações necessárias.

“Dessa forma, o Alvará de Autorização para o Evento Temporário ‘Vira Brasil’ foi deferido nesta quinta-feira, dia 19”, disse a pasta, em nota. Apesar disso, a Prefeitura reforçou que a vigência do alvará está condicionada à decisão judicial em curso na data do evento.

O pedido havia sido negado após a igreja não atender a um comunicado que pedia anuência dos moradores da região. Associações dos bairros Água Branca, Pacaembu, Perdizes, Pompeia e Sumaré enviaram uma carta contrária ao evento para a prefeitura.

Síndicos de condomínios do entorno do Allianz Parque também assinaram o documento. O principal argumento é que, no geral, alvarás concedidos pela prefeitura só costumam autorizar a possibilidade de apresentações no estádio do Palmeiras até as 23h30.

A decisão também considerou um despacho do Tribunal de Justiça que ordena a retomada do fechamento administrativo do Allianz Parque a partir de 23 de dezembro.

A penalidade, imposta ao estádio em novembro após três multas por desrespeito aos limites de barulhos impostos pelo PSIU (Programa Silêncio Urbano), estava suspensa por uma liminar obtida pela Real Arenas, gestora do Allianz.

Evento gospel

Organizado pela Primeira Igreja Batista da Lagoinha de Alphaville, o Vira Brasil 2025 está previsto para o dia 31 de dezembro, entre 17h e 0h30, já no dia de 1º de janeiro, com shows gospel de artistas como Fernandinho, André Fernandes e Tiffany Hudson.

Os preços dos ingressos variam de R$ 75 a R$ 3,5 mil. A previsão dos organizadores é de um público de mais 40 mil pessoas.

O Metrópoles não conseguiu contato com a Primeira Igreja Batista da Lagoinha. O espaço segue aberto para manifestações.

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