Fim da Linha: acusado de elo com PCC, presidente da UpBus é preso

São Paulo O presidente afastado da UpBus uma das empresas de ônibus investigadas por lavagem de dinheiro do crime organizado no transporte público de São Paulo foi preso por policiais das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) nesta sexta-feira (20/12). Ubiratan Antonio da Cunha já estava sendo investigado na Operação Fim da Linha.

Segundo o Ministério Público (MPSP), ele vinha descumprindo medidas cautelares que lhe foram impostas. Ubiratan chegou a ser preso em julho no âmbito da mesma operação.

O mandado de prisão expedido pela Justiça foi cumprido pela Polícia Militar. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), Ubiratan foi em uma clínica médica no bairro Anália Franco, na zona leste, e encaminhado ao 30º Distrito Policial (Tatuapé). Ele teve seu celular apreendido.

A ação desta sexta foi realizada em parceria do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado de São Paulo (Gaeco), do MPSP, com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e a Receita Federal.

Operação Fim da Linha

O MPSP deflagrou, em abril deste ano, uma operação contra a UpBus e a Transwolff, empresas de ônibus da capital que seriam ligadas ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Na ocasião, foram expedidos quatro mandados de prisão preventiva e 52 de busca e apreensão.

Em abril, seis suspeitos de serem integrantes de uma organização criminosa foram presos por explorar o serviço de transporte público para “legalizar” valores provenientes do tráfico de drogas, roubos e outros delitos.

Foram apreendidos um helicóptero, veículos, lanchas, motos aquáticas e foi determinado o bloqueio de R$ 600 milhões das contas dos suspeitos.

Essas empresas de ônibus, que atuam nas zonas sul e leste, segundo o MPSP, são responsáveis pelo transporte de cerca de quase 700 mil passageiros diariamente e receberam mais de R$ 800 milhões de remuneração da Prefeitura de São Paulo em 2023.

Elas estão sob intervenção por decisão judicial e seus presidentes foram afastados.

Desde abril, mais de 50 mandados de busca e prisão foram cumpridos. Mais de 800 munições, 11 armas, joias, barras de ouro e R$ 161 mil em espécie foram recolhidos pelos policiais.

O MPSP já denunciou 26 envolvidos no esquema, que respondem na condição de réus.

 

 

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