Baleias podem viver até o dobro do que pensávamos

Baleias podem viver até 150 anos — o dobro do que pensávamos. É o que revela um novo estudo da University of Alaska Fairbanks. Até então, a expectativa de vida que a ciência tinha para a baleia-franca-austral (Eubalaena australis) era de no máximo 80 anos.

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O estudo examinou dados coletados ao longo de 40 anos por programas de identificação por foto rastreando baleias individuais de duas espécies: a baleia-franca-austral e a baleia-franca-do-Atlântico-Norte.

Os pesquisadores usaram os dados para construir curvas de sobrevivência — gráficos que mostram a proporção de uma população que sobrevive a cada idade.


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A análise revelou que a baleia-franca-austral, que antes vivia apenas de 70 a 80 anos, pode exceder a expectativa de vida de 130 anos e chegar até 150 anos.

Contraste nas expectativas de vida das baleias

Em contraste, o estudo descobriu que a expectativa de vida média da baleia-franca-do-Atlântico-Norte é de apenas 22 anos. Pouquíssimas vivem até os 50. 

Cientistas descobrem que algumas baleias podem viver até o dobro do que se pensava (Imagem: Breed et al, 2024/Science Advances)

De acordo com os pesquisadores, esse contraste na expectativa de vida acontece principalmente por causa dos impactos humanos.

Isso porque a baleia-franca-do-Atlântico-Norte costuma ficar presa em equipamentos de pesca ou é atingida por navios. Fome e mudanças ambientais também podem ter um impacto.

A ideia dos cientistas, agora, é estender a pesquisa para outras populações de baleias e prever se outras espécies que atualmente vivem cerca de 80 anos também podem ter uma expectativa de vida muito maior.

O grupo também pretende aprender mais sobre como a caça às baleias afetou o número de idosos nas populações atuais de baleias e prever uma possível recuperação desses números. “A maioria das populações de baleias se recuperou ou está se recuperando da caça industrial de baleias e, embora as populações estejam saudáveis, elas vêm crescendo nos últimos 60 anos”, diz o estudo, publicado na Science Advances.

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