Desemprego no Brasil atinge menor nível desde 2012

Rio de Janeiro – A taxa de desemprego no Brasil caiu para 6,1% no trimestre encerrado em novembro, conforme os dados divulgados pela PNAD Contínua, do IBGE. O índice é o menor registrado desde o início da série histórica, em 2012. Essa redução de 0,5 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre anterior reflete o avanço do mercado de trabalho. No mesmo período de 2023, a taxa era de 7,5%, indicando uma queda de 1,4 p.p. no ano.

O número de pessoas desempregadas chegou a 6,8 milhões, o menor desde dezembro de 2014. Nos últimos três meses, 510 mil brasileiros saíram da desocupação, enquanto 1,4 milhão deixaram essa condição ao longo do ano.


Recorde de ocupação marca recuperação econômica

O total de pessoas ocupadas alcançou 103,9 milhões, estabelecendo um novo recorde no mercado de trabalho. Esse crescimento inclui 39,1 milhões de trabalhadores com carteira assinada no setor privado e 12,8 milhões no setor público. O nível de ocupação chegou a 58,8%, outro marco histórico.

De acordo com Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE, 2024 consolida uma expansão significativa. “O crescimento abrange tanto empregados formais quanto informais, refletindo um mercado mais dinâmico”, afirmou.


Informalidade recua e setor privado se destaca

A taxa de informalidade ficou em 38,7%, atingindo 40,3 milhões de trabalhadores. Esse índice é inferior ao registrado no mesmo período de 2023, quando alcançou 39,2%. Já o número de trabalhadores por conta própria subiu 1,8% no trimestre, chegando a 25,9 milhões, enquanto os empregados sem carteira mantiveram estabilidade em 14,4 milhões.


Atividades econômicas impulsionam o emprego

Quatro setores lideraram o crescimento da ocupação no trimestre:

  • Indústria: aumento de 2,4% (mais 309 mil pessoas);
  • Construção: alta de 3,6% (mais 269 mil trabalhadores);
  • Administração Pública e Saúde: crescimento de 1,2% (mais 215 mil pessoas);
  • Serviços Domésticos: aumento de 3% (mais 174 mil empregados).

Na comparação anual, sete setores registraram alta, com destaque para o Comércio, que adicionou 692 mil pessoas ao mercado.


Renda apresenta alta no ano

O rendimento médio real habitual foi de R$ 3.285, estável no trimestre, mas com um aumento anual de 3,4%. A massa de rendimento real alcançou um recorde de R$ 332,7 bilhões, impulsionada por ganhos no Comércio e no setor de Transportes.


Entenda a queda histórica do desemprego

  • PNAD Contínua: pesquisa abrange mais de 211 mil domicílios trimestralmente;
  • Série histórica: menor taxa de desocupação desde 2012;
  • Recuperação econômica: crescimento no emprego formal e informal;
  • Informalidade em queda: atingiu 38,7%, com estabilidade nos últimos meses;
  • Atividades em alta: Comércio, Indústria e Serviços puxaram os números positivos.

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