Saiba o que devem fazer cinco prefeitos de SC sem mandato em 2025

Reeleitos em 2020 e sem direito a renovar os mandatos, cinco prefeitos de grandes cidades catarinenses se preparam para deixar o cargo na virada do ano: Mario Hildebrandt (PL), de Blumenau; Volnei Morastoni (MDB), de Itajaí; Clésio Salvaro (PSD), de Criciúma; Antonio Ceron (PSD), de Lages; e Fabrício Oliveira (PL), de Balneário Camboriú.

O destino de cinco prefeitos em 2025

Sem direito à reeleição, prefeitos de Blumenau, Itajaí, Criciúma, Lages e Balneário Camboriú vivem momentos políticos diferentes ao final de seus mandatos – Foto: cinco-prefeitos

O quinteto de prefeitos vive momentos políticos diferentes. Mario Hildebrant e Clésio Salvaro elegeram seus sucessores e miram outros objetivos políticos, enquanto Morastoni e Ceron tiveram pouco peso político na disputa municipal e encaminham o fim de longas carreiras políticas. No meio termo, Fabrício buscar espaço para manter visibilidade após a derrota de seu candidato em Balneário Camboriú.

Mario Hildebrandt deve assumir vaga no governo Jorginho

O futuro de Mario Hildebrandt foi desenhado no início de 2024, quando acertou a filiação ao PL do governador Jorginho Mello: a ideia era unir o peso do apoio do governador e do prefeito ao candidato do partido e, depois, garantir-lhe espaço para continuidade na carreira política. A vitória de Delegado Egídio Ferrari (PL) pavimenta a continuidade da estratégia, apesar das divergências internas na condução da campanha eleitoral.

Mario Hildebrandt é cotado para assumir a Secretaria Estadual de Proteção e Defesa Civil, hoje sob responsabilidade do coronel Fabiano de Souza, do Corpo de Bombeiros. Com o atual prefeito, a secretaria voltaria a ter peso político – como aconteceu nas gestões de Raimundo Colombo (PSD), responsável por colocar a área no primeiro escalão pela primeira vez.

Volnei Morastoni fecha ciclo político

Aos 74 anos e enfrentando problemas de saúde ao longo do atual  mandato, Volnei Morastoni (MDB) foi uma figura bastante ausente da disputa política pela prefeitura de Itajaí. Críticas a sua gestão, no entanto, foram a principal pauta do prefeito eleito Robison Coelho.

Com o fim do terceiro mandato à frente da cidade, o segundo consecutivo, Morastoni fecha um ciclo político que também lhe garantiu quatro mandatos de deputado estadual entre 1995 e 2015. Não deve disputar mais eleições.

Clésio Salvaro mira voos alinhado a João Rodrigues

Clésio Salvaro (PSD) mostrou força política e a popularidade que tem em Criciúma. Encerra seu terceiro mandato, o segundo consecutivo, comemorando a vitória do aliado Vaguinho Espíndola (PSD) sobre o deputado federal Ricardo Guidi (PL), apoiado pelo governador Jorginho Mello (PL).

A disputa foi marcada pela prisão preventiva de Clésio Salvaro durante as investigações da Operação Caronte, que investiga supostas irregularidades no serviço funerário da cidade. O pessedista gravou um vídeo em que acusava o governo do Estado de motivação política no episódio. Ele foi solto poucos dias antes das eleições. A 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça aceitou a denúncia contra todos os investigados e o processo continua em andamento.

Fora do cargo, Clésio Salvaro é peça importante do PSD na construção da pré-candidatura do prefeito reeleito de Chapecó, João Rodrigues, ao governo do Estado.

Antonio Ceron foca na defesa do processo da Operação Mensageiro

Aos 79 anos, Antonio Ceron deve encerrar a carreira política iniciada nos anos 1980, que teve como pontos altos três mandatos na Assembleia Legislativa, cargos de secretário estadual de três governadores (Esperidião Amin, Luiz Henrique da Silveira e Raimundo Colombo) e os dois mandatos na prefeitura de Lages.

O encerramento dessa longa carreira política, no entanto, ficou marcado pela Operação Mensageiro, do Gaeco, que investigou supostas irregularidades no serviço terceirizado de coleta de lixo. O julgamento de Ceron na 5ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça chegou a ser marcado para 5 de dezembro, mas foi retirado de pauta. Ceron nega as acusações.

Fabrício Oliveira busca continuar em evidência após derrotas

A gestão bem avaliada nos oito anos à frente de Balneário Camboriú e os apoios ostensivos do governador Jorginho Mello (PL) e do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não foram suficientes para o prefeito Fabrício Oliveira (PL) emplacar o sucessor. O radialista Peeter Grando (PL) foi derrotado pela vereadora Juliana Pavan (PSD). De quebra, Fabrício viu Leonel Pavan (PSD) vencer a eleição na vizinha Camboriú.

Para manter visibilidade e pavimentar um novo mandato em 2026, Fabrício Oliveira teria como caminho natural uma vaga no secretariado de Jorginho Mello – a Secretaria de Turismo seria uma opção. No entanto, essa construção vai demandar entendimento com o governador, que não engoliu a forma como foi construído o projeto eleitoral deste ano.

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