“Cápsula do tempo” arqueológica com mais de 500 anos é encontrada na Holanda

Arqueólogos encontraram, na cidade holandesa de Alkmaar, um fosso com uma “cápsula do tempo” arqueológica, ou seja, um local preservado de forma não intencional, revelando inúmeros objetos do século XV. A descoberta veio com as obras de um esgoto subterrâneo nos Países Baixos.

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O fosso, segundo análises, foi usado como banheiro e descarte de restos orgânicos entre 1450 e 1588 d.C., mas, com a demolição das casas da região, caiu em desuso. Nas condições encharcadas e anaeróbicas do local — ou seja, sem oxigênio —, os objetos lá contidos ficaram muito bem preservados.

Um fosso de relíquias

Entre os objetos de destaque no fosso, está um sapato de madeira de bétula, uma árvore que não é nativa aos Países Baixos. A arqueóloga da cidade, Nancy de Jong, responsável pela pesquisa, afirmou que entre Países Baixos e Bélgica só foram encontrados 44 sapatos históricos, a maioria mais velhos e menos preservados do que este.


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Os tesouros arqueológicos presentes na fossa de Alkmaar incluem um medidor de grãos, como mostrado na foto (Imagem: Municipality of Alkmaar)
Os tesouros arqueológicos presentes na fossa de Alkmaar incluem um medidor de grãos, como mostrado na foto (Imagem: Municipality of Alkmaar)

No século XV, ou seja, há mais de 500 anos, os Países Baixos tinham uma economia circular, onde tudo era reusado, derretido para atender outras funções ou queimado para aquecer casas. A maioria dos sapatos era rústico e áspero, mas o achado no fosso era elegante e tinha sola dupla, um calçado para a cidade, basicamente.

Outro achado interessante é um medidor de grãos feito de carvalho fino. Entre Bélgica e Países Baixos, só cinco fragmentos de medidores de grãos antigos já foram encontrados, então os objetos costumam ser conhecidos apenas por descrições e gravuras de época. Como é o único exemplo intacto, o artefato de Alkmaar é bastante importante.

Agora, os objetos serão estabilizados, conservados e estudados mais a fundo. Em seguida, serão restaurados com técnicas não-invasivas, remontando as peças quebradas e os exibindo ao público no futuro.

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