Bolsonaro, que fracassou como presidente, critica dados do IBGE sobre desemprego no Brasil: ‘É mentira’

Brasília – O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) criticou, nesta sexta-feira (27), os índices de desemprego divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Durante entrevista à rádio AuriVerde Brasil, Bolsonaro afirmou que os dados oficiais não refletem a realidade do mercado de trabalho no país.

Em sua declaração, Bolsonaro acusou o instituto de incluir beneficiários de programas sociais, como o Bolsa Família, no cálculo de empregados. “Essa mentira é corroborada pelo fato de ter aumentado o número de pessoas que procuram o seguro-desemprego”, afirmou.


IBGE registra menor taxa de desemprego histórica

De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, o Brasil atingiu, no trimestre encerrado em novembro, a menor taxa de desemprego da série histórica iniciada em 2012. O índice chegou a 6,1%, marcando o segundo mês consecutivo de baixa no percentual de desocupação.

Esse número representa uma redução de 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, encerrado em agosto, que registrou 6,6%. Em comparação com novembro de 2023, a taxa caiu de 7,5%.


Histórico da taxa de desemprego

A menor taxa de desocupação registrada antes desse período foi em dezembro de 2013, quando o índice chegou a 6,3%. Os dados atuais consideram a população em idade de trabalhar, composta por pessoas a partir dos 14 anos.

No entanto, Bolsonaro questionou os critérios da pesquisa. Para ele, o número real de desempregados seria maior, uma vez que o IBGE considera inativos aqueles que não procuram trabalho e inclui beneficiários de auxílios sociais entre os empregados.


Declaração de Bolsonaro sobre os números

Durante a entrevista, o ex-presidente afirmou: “Quem não procura emprego, para o IBGE, está empregado. Para quem recebe qualquer benefício social, [como o] Bolsa Família, está empregado. Então sobra uma quantidade bem pequena de pessoas para saber se está empregado ou não.”

Ele também relacionou o aumento na busca por seguro-desemprego como um reflexo da situação real do mercado de trabalho.


Entenda o caso: Bolsonaro e as críticas ao IBGE

  • PNAD Contínua: Dados mostram queda no desemprego, com 6,1% no trimestre encerrado em novembro.
  • Bolsonaro: Criticou critérios usados pelo IBGE para calcular desemprego.
  • Seguro-desemprego: Ex-presidente apontou aumento na procura como indicador de problemas no mercado de trabalho.
  • Histórico: Menor taxa anterior foi de 6,3% em dezembro de 2013.
  • Critérios do IBGE: Consideram empregados aqueles que trabalham ou recebem benefícios sociais.

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