Firjan: comércio foi o setor que mais empregou no Rio de Janeiro

O mercado de trabalho no estado do Rio de Janeiro apresentou pequena aceleração em novembro em relação ao mês anterior. A análise é da plataforma Retratos Regionais produzida pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) a partir dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Em novembro, o estado do Rio de Janeiro criou 13.810 novos postos de trabalho com carteira assinada, consolidando-se como o segundo maior gerador de empregos do país, atrás apenas de São Paulo (+38.562).

Dentre todos os setores, o Comércio liderou as contratações no estado fluminense (+12.254), impulsionado pelas lojas de Vestuário e Acessórios (+3.392), Calçados e Artigos de Viagem (+1.512) e Hipermercados e Supermercados (+1.210). Em seguida, o setor de Serviços (+1.856) destacou-se com os Restaurantes e outros estabelecimentos de alimentação e bebidas (+1.297), Locação de mão de obra temporária (+944) e Transporte Rodoviário de Carga (+680).

Os resultados refletem o aquecimento típico do fim de ano, impulsionado pelas festas, maior demanda no comércio e contratações temporárias para atender ao aumento do consumo e da logística.

O setor Industrial, por outro lado, apresentou um saldo negativo de 315 vagas, impactado principalmente pelas demissões na Construção (-2.049). Apesar disso, as Indústrias de Transformação (+1.458), Extrativas (+226) e Serviços Industriais de Utilidade Pública (+50) registraram resultados positivos. O setor Agropecuário, por sua vez, teve saldo praticamente estável, com apenas +15 vagas no mês.

Acumulado do ano

No acumulado do ano, o estado do Rio de Janeiro registrou 162.396 novos empregos formais, praticamente o mesmo número do mesmo período de 2023 (+162.391). Enquanto o primeiro semestre de 2024 apresentou um ritmo de contratações 21,7% superior ao do mesmo período de 2023, o segundo semestre até novembro mostrou desaceleração, com uma queda de 18,2% na geração de vagas.

“Embora o resultado do ano seja positivo, a desaceleração no segundo semestre reflete os impactos de fatores como juros elevados, inflação persistente e incertezas fiscais, que afetam diretamente a confiança do empresário e o ritmo de contratações”, destaca o economista-chefe da Firjan, Jonathas Goulart.

De janeiro a novembro, o setor de Serviços se destacou com 98.422 novos empregos, seguido pela Indústria (+41.182) e pelo Comércio (+23.114). A Agropecuária, no entanto, foi o único setor com saldo negativo no acumulado do ano (-322).

Na análise regional, 64 dos 92 municípios fluminenses registraram saldo positivo em novembro. A capital, Rio de Janeiro, concentrou a maior parte das novas vagas (+6.835), seguida por Volta Redonda (+1.147), Duque de Caxias (+1.094), Niterói (+1.003) e São Gonçalo (+837).

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