Se pertenço, logo existo: o marketing de influência em 2025

A história deixa claro que, quando um grupo social se desenvolve, independentemente do motivo, a presença de líderes, coaches e mentores se torna fundamental para que a influência seja exercida sobre aquele conjunto de pessoas. Mas, o que de fato faz uma pessoa escolher um grupo e não outro?

Foi por meio da conexão social que a sociedade se desenvolveu e se manteve viva durante séculos, seja pelo fato de que em grupos somos mais fortes e estamos mais seguros quanto pela possibilidade de transmitir e perpetuar conhecimento.

A construção do nosso círculo social e o senso de comunidade estão diretamente ligados ao fato de que enxergamos nos nossos pares aquilo que nos falta e acolhe. Sendo assim, se antigamente permanecíamos em grupos para nos proteger, hoje as interações sociais assumiram um papel emocional e psicológico fundamental: o de pertencimento.

O comportamento de busca por relações, físicas ou virtuais, encontra refúgio em pessoas e marcas que nos compreendem, inspiram e que compartilham de valores semelhantes aos nossos.

Nossa identidade social e pessoal se constrói por meio da influência de familiares, amigos, colegas, figuras públicas e até mesmo personagens, desde que reflitam os traços que admiramos.

Sob a perspectiva de uma realidade altamente digital, esse é um dos motivos que me faz perceber o aumento expressivo de micro influenciadores digitais. Com perfis mais segmentados e audiências menores, eles ganham força nas estratégias de marketing.

A proximidade com o público favorece a criação de conexões mais autênticas que, consequentemente, resultam em maior engajamento e credibilidade, tornando-os embaixadores altamente eficazes para as campanhas de vendas ou institucionais.

Se você abrir as redes sociais – entre um reels com dicas para ser mais produtivo de um coach e o story da sua prima que passou de primeira na federal – você será impactado também por diversos avatares e assistentes virtuais.

Isso não é coincidência ou modismo: junto aos influenciadores digitais, é possível identificar um crescimento gigantesco de influenciadores virtuais – aqueles que existem exclusivamente no mundo digital.

Desde personagens caricatos e com traços de desenhos até os criados por inteligência artificial que simulam plenamente a vida de uma pessoa real, eles se fazem presentes auxiliando em compras, compartilhando conteúdos, interagindo e se posicionando frente a temas socialmente relevantes.

Tudo com apenas um objetivo: humanizar a marca por trás deles a fim de gerar maior identificação com você.

Como profissional de vendas e marketing, percebo que os momentos de conexão genuína com parceiros comerciais e clientes são os que geram maior impacto positivo.

Em essência, antes de qualquer objetivo comercial, as relações, sejam B2B (empresa para empresa) ou B2C (empresa para consumidor final), consolidam-se ao reconhecer que ambas as partes enfrentam desafios que podem ser resolvidos de forma mais eficiente em conjunto do que isoladamente.

Narrativas verossímeis estão ganhando espaço sobre as exclusivamente comerciais, refletindo a mudança no comportamento do consumidor. Com maior acesso à informação e mais consciência social, as pessoas estão mais criteriosas, valorizando marcas que não apenas atendam necessidades materiais, mas também compartilhem valores e propósito.

Essa transformação reforça a importância de mensagens autênticas, que conectem consumo a ideais maiores, como sustentabilidade, impacto social e ética.

Afinal, consumir deixou de ser apenas uma transação material para se tornar uma expressão de pertencimento, onde a validação da nossa existência reside na percepção de que, enquanto seres singulares, fazemos parte de um todo maior.

Victor Gyurkovitz é gerente comercial da Tomasetto Engenharia.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.