Cientistas descobrem quais fatores estão conectados ao envelhecimento cerebral

O ano já começou com descobertas científicas! Na última quarta (1), pesquisadores do Allen Institute identificaram tipos de células cerebrais conectadas ao envelhecimento cerebral. Nos cérebros envelhecidos, houve um aumento na atividade dos genes associados à inflamação, enquanto os genes relacionados à estrutura e função neuronal diminuíram.

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Os cientistas descobriram que essa diminuição da função neuronal e o aumento da inflamação no hipotálamo têm relação com um ponto específico do hipotálamo: o terceiro ventrículo.

Isso aponta para uma possível conexão entre dieta, fatores de estilo de vida, envelhecimento cerebral e mudanças que podem influenciar nossa suscetibilidade a distúrbios cerebrais relacionados à idade.

“Nossa hipótese é que esses tipos de células estão ficando menos eficientes em integrar sinais do nosso ambiente ou de coisas que estamos consumindo. E essa perda de eficiência de alguma forma contribui para o que conhecemos como envelhecimento no resto do nosso corpo”, diz a equipe.


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Cientistas descobrem quais fatores estão conectados ao envelhecimento cerebral (Imagem: Robina Weermeijer/Unsplash)

Para conduzir o estudo, os pesquisadores usaram sequenciamento de RNA para mapear mais de 1,2 milhão de células cerebrais de camundongos jovens e idosos, em 16 regiões cerebrais.

A equipe reconhece que entender esse ponto específico no hipotálamo relacionado ao envelhecimento cerebral o torna um ponto focal para estudos futuros. Isso pode levar ao desenvolvimento de terapias relacionadas à idade, para prevenir doenças neurodegenerativas.

“Queremos desenvolver ferramentas que possam atingir esses tipos de células. Se melhorarmos a função dessas células, seremos capazes de retardar o processo de envelhecimento cerebral?”, reflete a equipe. 

As descobertas foram publicadas na Nature.

Envelhecimento cerebral

Um alerta da ciência é que a vida moderna está envelhecendo nosso cérebro. Por outro lado, estudos já mostraram evidências de que o cérebro permanece incrivelmente rápido após os 60 anos.

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