Vereadora do PT sofre ataques transfóbicos durante a posse em Araraquara

Araraquara – A cerimônia de posse dos vereadores de Araraquara, no interior de São Paulo, foi marcada por ofensas transfóbicas direcionadas à vereadora Filipa Brunelli (PT).

Durante seu discurso, na última quarta-feira (1º), gritos e gestos hostis interromperam a fala da parlamentar, que criticava políticas conservadoras. Brunelli precisou encerrar sua declaração após pedidos de respeito feitos pelo presidente da Câmara, Rafael de Angeli (Republicanos).

A vereadora relatou que foi a única parlamentar alvo de interrupções durante o evento. Ela solicitou imagens das câmeras do Legislativo para identificar os responsáveis pelas agressões, além de buscar registros feitos por celulares na plateia.


Ataques durante o discurso

Os insultos ocorreram enquanto Filipa Brunelli discursava sobre oposição ao prefeito Dr. Lapena (PL). Ela associou o governo a uma ideologia conservadora, ligada ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os ataques incluíram o uso do termo pejorativo “traveco” e gestos simulando armas.

Apesar dos apelos do presidente da Câmara para garantir o direito de fala, as vaias continuaram. Isso forçou Brunelli a encerrar sua participação de forma abrupta.


A reação da vereadora

Após o evento, a parlamentar reforçou seu compromisso com os direitos das minorias políticas. “Meu compromisso é com o povo e estarei disposta a contribuir por uma cidade melhor, desde que isso não signifique sacrificar os direitos das minorias políticas”, afirmou.

Brunelli também destacou que outros vereadores não enfrentaram interrupções durante a cerimônia, evidenciando o direcionamento dos ataques.


Medidas para identificar os agressores

A vereadora requisitou as gravações disponíveis para apurar os responsáveis pelos insultos. No entanto, as câmeras do Legislativo captaram apenas parte da plateia. O gabinete busca vídeos feitos por celulares para complementar a denúncia.


Entenda o caso: transfobia em evento oficial

  • Quem é Filipa Brunelli? Vereadora trans pelo PT em Araraquara.
  • O que aconteceu? Ofensas transfóbicas interromperam seu discurso na posse.
  • Como reagiu? Pediu intervenção do presidente da Câmara e encerrou a fala.
  • Quais medidas? Solicitou imagens para identificar autores das agressões.

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