Enfermeiros desempenham papel essencial na prevenção do câncer de colo de útero

O Câncer de Colo de Útero é causado pela infecção persistente por certos tipos do Papilomavírus Humano (HPV), um vírus sexualmente transmissível evitável em muitos casos com medidas simples, como o uso de preservativos e a vacinação. No entanto, é necessário conscientizar a população sobre a importância dessas medidas preventivas.

Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), as estimativas para o triênio 2023-2025 apontam para 17.010 novos casos por ano, resultando em uma taxa bruta de incidência de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres (INCA, 2022). Esses números revelam a relevância do problema e a necessidade de intensificar as ações de prevenção e controle. Na análise regional, o câncer do colo do útero é o segundo mais incidente nas Regiões Norte (20,48/100 mil) e Nordeste (17,59/100 mil) e o terceiro na Centro-Oeste (16,66/100 mil).

O enfermeiro desempenha um papel fundamental. Como parte de uma equipe multiprofissional, ele é o profissional mais atuante nas ações de controle do CCU. Suas responsabilidades incluem a coleta do exame de Papanicolau, a orientação e prevenção da doença, o rastreamento e detecção precoce de alterações, além de fornecer informações claras e precisas às mulheres, acolhê-las durante as consultas e garantir a privacidade e o conforto em todo o processo de cuidado.

No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda a utilização de preservativos e a realização regular do exame de Papanicolau a partir dos 25 anos, com frequência de a cada 3 anos para mulheres sem fatores de risco. Além disso, a vacinação contra o HPV está disponível para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos em todas as Unidades de Saúde da Família.

O presidente do Conselho Regional de Enfermagem de Rondônia (Coren-RO), Josué Sicsú, ressalta que a atuação do enfermeiro contribui significativamente para reduzir a incidência e mortalidade dessa doença. “A campanha Março Lilás é uma oportunidade para reforçar a importância da prevenção e do papel essencial dos profissionais de enfermagem nesse cenário de saúde pública”, pontua.

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