Banda Doce Veneno caminha para 50 anos de sucesso

Banda Doce Veneno caminha para 50 anos de sucessoDA REDAÇÃO

Na tarde desta terça-feira, 7 de janeiro, o SÃO CARLOS AGORA recebeu em seus estúdios para uma conversa e interessante os Irmãos Mucillo (Wagner e Netto), que são o “coração” da Banda Doce Veneno, uma das melhores bandas de baile do Estado de São Paulo e do Brasil. Neste ano a banda vai comemorar 49 anos e podemos dizer que neste quase meio século o “veneno” da música de qualidade interpretada por eles, “contaminou” a região com canções que fazem todos sonhar, voltar ao passado, comemorar o presente e até mesmo sonhar com um futuro melhor.  Veja entrevista completa neste link. 

O irmão mais velho, Wagner, um verdadeiro contador de histórias, narra inúmeras situações inusitadas, como o dia em que acabaram tendo que tocar num prostíbulo em Franca. O grupo musical chegou e ao ver que estava num bordel, decidiu cancelar o espetáculo. Porém, um policial nada amistoso com seus 2 metros de altura e corpo estilo “geladeira frost free”, acabou “convencendo” o grupo a se apresentar. 

Em outra situação, o grupo foi chamado para cantar no velório de uma grande fã em Araraquara, mas o show acabou não acontecendo. “Ao longo de nossa trajetória tivemos muitas situações inusitadas, como quando a banda Barão Vermelho abriu um show nosso”, destaca ele.

Wagner também conta sobre o dia em que Soraia Sadi entrou para a banda. “Nunca aceitamos cantor meia boca. Fomos tocar em Bocaína em 2022 e me disseram que tinha uma cantora que iria abrir nosso show. “A Soraia cantou 30 segundos e eu já disse que iria trazer ela para a banda. Quem não é músico não vai entender, mas não há nada parecido com a Soraia. Depois ela teve um câncer, felizmente superou e voltou depois de 8 meses para tocar com a gente. A Soraia canta como ninguém. Dá raiva de ver que ela não desafina”, comenta ele.  Segundo Netto, em Bertioga, teve músico torcendo para ela dar uma desafinada. “Ele disse Poxa! Ela é perfeita! Realmente a Soraia é uma pessoa fantástica”, destaca o saxofonista 

O nome “Doce Veneno” apareceu em 1981 como uma forma de substituir “Twnyp”, nome visto pelo mercado de shows e espetáculos como “fraco” para uma banda de sucesso. “No começo pensamos em ‘Veneno’, mas queriam um nome mais doce. Aí ficou ‘Doce Veneno’ que acabou se encaixando bem”, conta Wagner.

Para ajudar, na época a música “Menina Veneno” do Ritchie estourou nas rádios e também havia o sucesso da música “Erva Venenosa”. “As pessoas associavam estas canções com a nossa banda, o que aumentou nosso sucesso. Isso alavancou muito a banda”, destaca Netto. 

QUARENTA E NOVE ANOS – O grupo musical festejará no dia 8 de junho deste ano, 2025, 49 anos da primeira apresentação da formação inicial, com o nome Twnyp, na escola estadual Pirajá da Silva, em Ribeirão Bonito. 

REPERTÓRIO ECLÉTICO –  O maestro e multi instrumentista italiano Páris Mucillo (1925-1979), pai de Wagner e Neto, integrantes do grupo fundador, apoiou desde o início o desenvolvimento da banda, atualmente composta por  Wagner  Augusto Muccillo(teclado e voz), Páris Ernesto Muccillo- Neto (sax, percussão e voz), Paulo Sérgio Belinasse (bateria), Cláudio Munno – Claudinho (baixo e voz) e Maicon Bianchi(guitarra e voz), além de Soraia Sadi. 

A Doce Veneno se consolidou pelo ecletismo do repertório com ênfase em MPB, interpretações de várias orquestras, cantores nacionais e internacionais, flash back dos 60, 70, 80, músicas no estilo pop rock, canções caribenhas, italianas, forrós, axé, sambas, rock clássico, e tributos musicais, como o show em homenagem à banda britânica Queen. O grupo, que em 1992 se estabeleceu em definitivo em São Carlos, se apresentou em bailes para jovens aniversários, casamentos, confraternizações, convenções, jantares dançantes, formaturas, bailes de peão e até shows de rock e tocou em todas as edições do Baile do Jeans da ABASC de 1984 até 2000.

Com milhares de shows realizados e um CD autoral, a Banda Doce Veneno chegou a se apresentar para um público de 40 mil pessoas, se apresentou em São Paulo e em outros estados e realizou projetos musicais de sucesso, como :“Túnel do Tempo”, “Noite do K-7”, na ABASC, “Tributo ao Clube da Esquina” e o show “Aplauso”, homenageando clássicos do Rock, com versões de Pink Floyd, Yes, Led Zeppelin e mais recentemente o Tributo ao Queen.

O guitarrista Marciel Marcasso, o “Mak”, da Banda Doce Veneno morreu em São Carlos (SP) no dia 23 de abril, aos 49 anos. Mak, como era conhecido, morreu em decorrência de metástases de um melanoma. O músico estava afastado da banda para fazer um tratamento desde o início da pandemia, em 2020.

O melanoma é um tumor que tem origem dos melanócitos, as células que produzem melanina. Representa apenas 5% dos casos de câncer de pele, mas tem uma grande capacidade de produzir metástases e se espalhar para outros órgãos, como fígado, pulmões e o cérebro.

Com repertório eclético, a banda Doce Veneno tem interpretações de várias orquestras, cantores nacionais e internacionais, flashback dos 60, 70, 80, músicas no estilo pop rock, canções caribenhas, italianas, forros, axé, sambas, rock clássico, incluindo um tributo ao Queen. 

Fonte: São Carlos Agora. Leia o artigo original: Banda Doce Veneno caminha para 50 anos de sucesso

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