Milionário desiste de protocolo agressivo para ter “juventude eterna”

O empresário norte-americano Bryan Johnson, 47 anos, conhecido por seguir tratamentos anti-envelhecimento questionáveis para alcançar a “juventude eterna”, informou ter largado um dos protocolos mais agressivos.

A saga de Johnson na busca pelo rejuvenescimento é mostrada no documentário O Homem que Quer Viver Para Sempre, lançado na Netflix em 1º de janeiro.

A produção mostra que o magnata usava 13 miligramas do imunossupressor rapamicina quinzenalmente, na tentativa de ter um organismo mais eficiente. Mas ele desistiu da substância após sofrer fortes efeitos colaterais.

A rapamicina é indicada para suprimir o sistema imunológico de pacientes de transplante de órgãos. A substância não tem a aprovação da Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador de medicamentos dos Estados Unidos, para terapias de anti-envelhecimento. Estudos pré-clínicos testam a substância em camundongos para outros fins.

Imagem colorida: empresário Bryan Johnson deitado com mãos atrás da cabeça e óculos escuros
O empresário bilionário Bryan Johnson tem 47 anos e almeja ter o corpo de 18 novamente

Bryan Johnson em busca da juventude

O magnata da tecnologia abandonou o uso da rapamicina em setembro, após cinco anos de experimentos. Nesse período, a equipe de saúde que o acompanha fez alguns ajustes na dose do medicamento para reduzir os efeitos colaterais, mas os profissionais não tiveram sucesso.

“Foi o protocolo mais agressivo de qualquer pessoa na indústria”, disse Johnson no X, após o lançamento do documentário. Ele conta ter desenvolvido níveis anormais de gordura no sangue, açúcar elevado e frequência cardíaca mais alta em repouso, além de infecções na pele e nos tecidos moles.

“Testei vários protocolos de rapamicina, incluindo semanal (programações de dosagem de 5, 6 e 10 mg), quinzenal (13 mg) e semanal alternando (6/13 mg) para otimizar o rejuvenescimento e limitar os efeitos colaterais. Apesar do imenso potencial dos ensaios pré-clínicos, minha equipe e eu chegamos à conclusão de que os benefícios da dosagem vitalícia de rapamicina não justificam os efeitos colaterais pesados”, escreveu.

Johnson continua a seguir outros protocolos para tentar hackear o próprio corpo. O empresário mantém uma rotina extremamente regrada, com acompanhamento diário de uma equipe médica para manter os órgãos em pleno funcionamento como quando tinha 18 anos.

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