Caso Lael: indiciados são transferidos para unidades prisionais em SE

Caso Lael: indiciados são transferidos para unidades prisionais em SE (Foto: Sérgio Henrique/Sindppen)

Os sete investigados pelo assassinato do advogado Lael Rodrigues, de 42 anos, foram transferidos para unidades prisionais de Sergipe na tarde desta sexta-feira, 10.

De acordo com a Secretaria de Estado da Justiça e de Defesa do Consumidor (Sejuc), as três mulheres envolvidas no caso foram encaminhadas ao Presídio Feminino (Prefem), em Nossa Senhora do Socorro, enquanto os quatro homens estão sob custódia no Complexo Penitenciário Antonio Jacinto Filho (Compajaf), em Aracaju.

A transferência ocorreu após a Justiça converter as prisões temporárias dos indiciados em preventivas. Antes de serem encaminhados aos presídios, os acusados passaram por exames de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML), seguindo o protocolo padrão.

Entre os presos está a médica Daniele Barreto, viúva da vítima. Ela e os outros seis acusados são investigados por homicídio duplamente qualificado contra Lael Rodrigues e tentativa de homicídio duplamente qualificado, já que o filho do advogado também foi ferido durante a emboscada.

Sobre o crime

Segundo a SSP, o advogado criminalista José Lael de Souza Rodrigues Junior foi morto em uma ação planejada pela esposa, Daniele Barreto, e por uma amiga dela. A motivação seria desconfianças sobre uma relação da esposa com pessoas próximas a ela, além de supostas questões relacionadas a valores financeiros em torno de um possível divórcio. A vítima foi morta após sair para comprar um açaí, pedido feito pela própria esposa, no dia 18 de outubro.

A defesa de Daniele tentou reverter a situação, no intuito de obter o benefício da prisão domiciliar, alegando que a médica mãe de uma criança de 10 anos e possui diversos pacientes, em estágio de pós-operatório, que dependem de suas orientações e cuidados. No entanto, a Justiça decidiu por manter a prisão da cirurgiã.

Cartas

No dia 21 de novembro, a imprensa divulgou cartas da médica relatando abusos verbais, físicos e sexuais praticados pelo advogado. O teor da carta escrita à mão foi divulgado, com exclusividade, pelo jornal O Globo, em uma reportagem de Ulisses Campbell.

As cartas mostram relatos da médica, afirmando que sofreu agressões verbais, com xingamentos constantes, e diversas formas de violência física, além de abusos sexuais. Daniele destacou agressões como tapas e murros no corpo e rosto, além de puxões de cabelo, arrancando tufos.

No dia 22 do mesmo mês, a defesa da médica confirmou o teor das cartas e pediu atenção das autoridades que investigam o caso, destacando que se tratava de uma situação de violência doméstica.

por João Paulo Schneider 

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