O céu não é o limite! | Sol, missões lunares, buracos negros e+

Entre as principais notícias astronômicas da última semana, estão o desempenho das missões que pousaram recentemente na Lua. Enquanto a Odysseus não resistiu à noite lunar, a SLIM “acordou” e surpreendeu a equipe japonesa.

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Confira essas e outras notícias que ganharam os holofotes nos últimos dias.

A atividade solar e o eclipse total

Nesta semana, a Terra recebeu o impacto de uma tempestade geomagnética de classe G4, a mais forte desde setembro de 2017. O evento ocorreu após uma ejeção de massa coronal, que enviou uma nuvem de partículas carregadas que interagiram com o campo magnético da Terra. 


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Atividades como essa indicam a aproximação do período conhecido como máximo solar, que ocorre uma vez a cada 11 anos. Com o eclipse solar do dia 8 de abril, os astrônomos e entusiastas esperam ver explosões solares durante a ocultação total, já que nesse instante será possível observar a coroa solar a olho nu.

As missões lunares 

Semanas após um pouso agridoce na Lua, o módulo de pouso Odysseus, da iniciativa privada Intuitive Machines, foi desativado por não sobreviver às condições impostas na superfície lunar. A espaçonave pousou em um ângulo diferente do esperado, enviou fotos para a Terra, mas não sobreviveu à noite lunar congelante.

Por outro lado, o lander japonês SLIM teve mais sorte: a agência espacial JAXA anunciou que a nave “acordou” outra vez após a noite lunar, e já transmitiu novas fotos para a Terra. O desempenho do módulo surpreendeu os cientistas da missão, já que ele pousou na Lua em janeiro e não foi projetado para sobreviver por tanto tempo.

As descobertas sobre buracos negros

A colaboração Event Horizon Telescope (EHT) revelou uma nova imagem do buraco negro supermassivo Sagitário A* (Sgr A*), que habita do coração da Via Láctea. A foto traz a luz polarizada do disco luminoso ao redor do objeto, mostrando campos magnéticos fortes semelhantes aos do buraco negro na galáxia M87.

Os cientistas acreditam que essa “coincidência” seja, na verdade, um indício de que os campos magnéticos fortes estão presentes em todos os buracos negros supermassivos. 

Imagem de luz polarizada do Sagittarius A* (Imagem: Reprodução/EHT Collaboration)

Para compreender melhor o ambiente caótico próximo dos buracos negros, os pesquisadores criaram um análogo em laboratório, usando um superfluido a temperaturas próximas do zero absoluto.

Feito de hélio, o fluido vibrou com ondas quânticas que imitaram o arrasto gravitacional causado pelos buracos negros, permitindo estudar esse efeito misterioso. Esse arrasto é uma das previsões da Teoria da Relatividade Geral de Albert Einstein e descreve como objetos massivos que giram deformam o espaço-tempo, formando uma espiral invisível.

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