Após atingir auge na série histórica, serviços recuam 0,9% em novembro

O volume de serviços no Brasil recuou 0,9% em novembro frente a outubro de 2024 (pico da série histórica). É o que diz a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (15/1).

O que aconteceu:

  • A Pesquisa Mensal de Serviços monitora a receita bruta de serviços nas empresas formais, com 20 ou mais trabalhadores. São excluídas as áreas de saúde e educação.
  • A próxima divulgação da PMS referente a dezembro será em 12 de fevereiro.
  • O setor de serviços caiu 0,9% em novembro de 2024 ante outubro do mesmo ano, quando cresceu 1,1%.
  • O maior volume de serviços na série histórica (iniciada em janeiro de 2011) é de outubro de 2024.
  • De janeiro a novembro, o volume acumulado do setor de serviços está em 3,2%. Enquanto nos últimos 12 meses (dezembro de 2023 a novembro de 2024) a taxa é de 2,9%.
  • Apenas duas atividades de serviços apresentaram queda no período: transportes (-2,7%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (-2,6%).

Com os dados de novembro, o setor de serviços fica 16,9% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia).

Em relação a novembro de 2023, o volume de serviços cresceu 2,9%. No acumulado do ano (de janeiro a novembro) chegou a 3,2%, enquanto nos últimos 12 meses até novembro acumulou alta de 2,9% — a taxa mais alta desde novembro de 2023 (3,5%).

O recuo do volume de serviços foi influenciado pelas seguintes atividades: transportes (-2,7%) e profissionais, administrativos e complementares (-2,6%). Em contrapartida, houve altas em: informação e comunicação (1,0%); outros serviços (1,8%) e em serviços prestados às famílias (1,7%).

Rodrigo Lobo, gerente da Pesquisa Mensal de Serviços, observa que “a despeito da concentração setorial de taxas negativas, vários segmentos mostraram perda de receita nessas duas atividades, com recuos do transporte de cargas e de passageiros, no primeiro setor, e nas atividades jurídicas, em serviços de engenharia e consultoria em gestão empresarial, na última”.

Das 27 unidades da federação, 18 registraram retração no volume de serviços em novembro de 2024, acompanhando o recuo observado no resultado nacional (-0,9%).

Os impactos negativos mais importantes vieram de São Paulo (-0,9%) e do Paraná (-2,9%), seguidos por Pernambuco (-3,7%), Rio Grande do Sul (-1,5%), Mato Grosso (-2,5%) e Bahia (-1,5%).

Minas Gerais (0,9%) e Alagoas (4,2%) tiveram as principais contribuições positivas do mês de novembro.

Turismo recua 1,8% em novembro

A taxa de atividades turísticas recuou 1,8% frente a outubro, após registrar ganho de 5,5% no período setembro-outubro. Assim, o segmento de turismo está 11,1% acima da marca de fevereiro de 2020 e 1,8% abaixo de outubro de 2024 (pico da série histórica).

Segundo o IBGE, a atividade turística caiu em 11 dos 17 locais pesquisados. O maior impacto negativo foi de São Paulo (-2,6%), seguido por Paraná (-2,3%), Pará (-6,9%) e Ceará (-3,7%). No outro lado da balança, o Rio Grande do Sul (6,6%) liderou os ganhos do turismo, seguido por Rio de Janeiro (0,8%) e Goiás (3,5%).

Transporte de passageiros recua 3,4% e transporte de cargas cai 1,4%

Em novembro de 2024, o volume de transporte de passageiros no Brasil caiu 3,4% frente a outubro, após ter avançado 12,2% no período setembro-outubro. Com isso, o mês de novembro está 7,9% acima do nível pré-pandemia (fevereiro de 2020) e 16,6% abaixo do ponto mais alto da série histórica (fevereiro de 2014).

O volume do transporte de cargas recuou 1,4% em novembro de 2024, após ter assinalado crescimento acumulado de 2,7% entre agosto e outubro. O segmento está 6,6% abaixo de julho de 2023 (ponto mais alto da série histórica). Em relação ao nível pré-pandemia, está 34,2% acima de fevereiro de 2020.

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