Santa Casa de São Carlos registra um AVC por dia

Santa Casa de São Carlos registra um AVC por diaDA REDAÇÃO

A Santa Casa de Misericórdia de São Carlos registra uma média de um caso de acidente Vascular Cerebral (AVC) por dia. O hospital também atende Porto Ferreira, Descalvado, Ibaté, Dourado e Ribeirão Bonito, oferecendo média e alta complexidade a 450 mil habitantes. 

Acidente Vascular Cerebral (AVC) é uma doença que ocorre quando o fluxo de sangue para o cérebro é bloqueado ou interrompido. Isso provoca a morte de células nervosas, que podem levar a paralisia ou incapacidade.  O AVC é popularmente conhecido como “derrame”. É uma das principais causas de morte e incapacitação no mundo.  

Existem dois tipos de AVC:  Acidente Vascular Isquêmico (AVCI) Ocorre quando os vasos sanguíneos ficam entupidos, impedindo a chegada de sangue ao cérebro.

Acidente Vascular Hemorrágico (AVCH) Ocorre quando os vasos sanguíneos se rompem, causando uma hemorragia cerebral. Algumas causas de AVC são: Trombose, Embolia, Malformação arterial cerebral (aneurisma), Hipertensão arterial, Cardiopatia.  “Tanto para infarto como para o AVC os fatores de risco são os mesmos, que são a hipertensão arterial, diabetes, colesterol e o tabagismo. Entre os jovens, o tabagismo é a maior causa. O sedentarismo e a obesidade também são fatores complicadores. Os fatores são silenciosos e sem sintomas. O correto é fazer o exame laboratorial e no caso de hipertenso a aferição diária a pressão”, destaca o cardiologista Vicente Matinata.

O médico cardiologista Vicente Matinata afirma que a prática regular de atividades físicas, alimentação adequada, não consumo de álcool e qualquer tipo de tabagismo estão entre os meios de prevenção contra o infartoO médico cardiologista Vicente Matinata: “Tanto para infarto como para o AVC os fatores de risco são os mesmos, que são a hipertensão arterial, diabetes, colesterol e o tabagismo”  

NOVENTA POR CENTO DOS AVCs SÃO EVITÁVEIS- Uma em cada quatro pessoas com mais de 35 anos vai sofrer um acidente vascular cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, em algum momento da vida – e 90% desses derrames poderia ser prevenido por meio do cuidado com um pequeno número de fatores de risco, incluindo hipertensão ou pressão alta, tabagismo, dieta e atividade física. O alerta é da Organização Mundial do AVC. 

No Dia Mundial do AVC, lembrado neste domingo (29), a entidade destaca que a doença é uma das maiores causas de morte e incapacidade no mundo, pode acontecer com qualquer um em qualquer idade, e é algo que afeta a todos: sobreviventes, familiares e amigos, além de ambientes de trabalho e comunidades.  

A estimativa é que mais de 12 milhões de pessoas no mundo tenham um AVC este ano e que 6,5 milhões morram como resultado. Os dados mostram ainda que mais de 110 milhões de pessoas vivem com sequelas de um AVC. A incidência aumenta significativamente com a idade – mais de 60% dos casos acontece em pessoas com menos de 70 anos e 16%, em pessoas com menos de 50 anos.

“Mais da metade das pessoas que sofrem um derrame morrerão como resultado. Para os sobreviventes, o impacto pode ser devastador, afetando a mobilidade física, a alimentação, a fala e a linguagem, as emoções e os processos de pensamento. Essas necessidades complexas podem resultar em desafios financeiros e cuidados para o indivíduo e para os seus cuidadores”, alerta a organização. 

ENTENDA -De acordo com o neurologista e coordenador do serviço de AVC do Hospital Albert Einstein em Goiânia, Marco Túlio Araújo Pedatella, o AVC acontece quando há uma obstrução do fluxo de sangue pro cérebro. Ele pode ser isquêmico (quando há obstrução de vasos sanguíneos) ou hemorrágico (quando os vasos se rompem). Em ambos os casos, células do cérebro podem ser lesionadas ou morrer. 

“Os principais fatores de risco que temos hoje pro AVC são pressão alta, diabetes, colesterol elevado, sedentarismo, fumo, uso excessivo de bebida alcoólica, além de outros fatores que a gente não consegue interferir muito, como idade, já que acaba sendo mais comum em pacientes mais idosos, sexo masculino, pessoas da raça negra e orientais e histórico familiar, que também é um fator de risco importante.” 

JOVENS – Apesar de o AVC ser mais frequente entre a população acima de 60 anos, os relatos de casos entre jovens têm se tornado cada vez mais comuns. Pedatella lembra que, nesses casos, os impactos são enormes, uma vez que a doença pode gerar incapacidades importantes a depender do local e do tamanho da lesão no cérebro.  

“Acometendo um paciente jovem, uma pessoa que, muitas vezes, vai deixar de trabalhar, vai precisar fazer reabilitação, gerando enorme gastos. Em vários casos, dependendo da sequela, esse paciente precisa de ajuda até pra andar, então, vai tirar um familiar do trabalho pra poder auxiliar. Então acaba aumentando muitos os gastos de seguridade social, além dos gastos com tratamento e reabilitação.”  “Infelizmente, a gente não tem um remédio que trate, que cure essas lesões. Os pacientes melhoram com a reabilitação, mas dependendo da lesão, do tamanho, da localização, podem ficar com alguma sequela mais incapacitantes.” 

RECONHECENDO SINAIS -O especialista explica que reconhecer os sinais de um AVC e buscar tratamento rapidamente não apenas salva a vida do paciente, mas amplia suas chances de recuperação. “O AVC é um quadro repentino, súbito. Acontece de uma vez.”  “A pessoa tem perda de força ou de sensibilidade de um ou de ambos os lados do corpo; perda da visão de um ou de ambos os olhos; visão dupla; desequilíbrio ou incoordenação motora; vertigem muito intensa; alteração na fala, seja uma dificuldade para falar, para articular palavras, para se fazer ser compreendido ou compreender; além de uma dor de cabeça muito intensa e diferente do padrão habitual”.  “É recomendado que, na presença de qualquer um desses sinais, entre em contato com o serviço de urgência para que o paciente possa ser avaliado por um médico e afastar a possibilidade de um AVC. A gente tem uma janela muito estreita, no AVC isquêmico, pra poder tratar esse paciente e evitar sequelas incapacitantes – até quatro horas e meia com tratamento medicamentoso e até seis horas com procedimento endovascular.”

Fonte: São Carlos Agora. Leia o artigo original: Santa Casa de São Carlos registra um AVC por dia

Adicionar aos favoritos o Link permanente.