Quem teve covid tem 8x mais risco de desenvolver fadiga crônica

Há tempos, os médicos já sabem que a covid-19 pode deixar sequelas duradouras, conhecidas como covid longa. Agora, uma equipe de pesquisadores dos EUA descobriu que a infecção aumenta em oito vezes o risco do paciente desenvolver fadiga crônica.

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O quadro debilitante associado à covid-19 é, oficialmente, nomeado como síndrome da fadiga crônica (SFC). Outro nome comum é encefalomielite miálgica. Independentemente da nomenclatura, o indivíduo enfrenta cansaço extremo e incapacitante, como destaca o estudo publicado na revista Journal of General Internal Medicine.

O que é fadiga crônica?

A síndrome da fadiga crônica é uma condição de saúde complexa e que tende a se prolongar por meses, período no qual o paciente apresenta uma série de dificuldades no dia a dia por causa da canseira “sem causa aparente”.


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A seguir, confira os sintomas mais comuns do quadro de fadiga crônica:

  • Mal-estar após algum tipo de esforço, incluindo atividade física ou mental;
  • Problemas na hora do dormir, com sono não revigorante;
  • Comprometimento cognitivo;
  • Tontura ao ficar em pé.

Este quadro é conhecido antes mesmo da descoberta do coronavírus SARS-CoV-2, no final de 2019. E os cientistas já sabiam que algumas infecções podem desencadeá-lo, o que parece ocorrer também com o vírus da covid-19. Daí, surge a relação entre a fadiga crônica e a covid longa. 

Cientistas descobrem que o risco de desenvolver a fadiga crônica é muito maior após a covid-19 (Imagem: Ckstockphoto/Envato)

Aqui, vale observar que não é necessário ter uma infecção severa da doença para o surgimento do problema ao longo do tempo. Além disso, o início não é imediato e pode levar até 6 meses.

Relação com a covid-19

Para entender o aumento de casos da fadiga crônica, os pesquisadores dos National Institutes of Health (NIH), nos EUA, revisaram uma série de dados da área da saúde, envolvendo pacientes que tiveram ou não covid-19, para rastrear o comportamento da síndrome

A partir da análise, foi possível observar que a síndrome ocorria em 4,5% das pessoas infectadas pelo coronavírus. Em paralelo, a tendência era muito menor em indivíduos que não tiveram a doença (0,6%).

“Essas descobertas fornecem evidências adicionais de que infecções, incluindo aquelas causadas pelo SARS-CoV-2, podem levar à EM/SFC”, pontua a equipe, em nota sobre a pesquisa.

Agora, mais estudos são necessários para compreender os mecanismos biológicos do porquê algumas pessoas são mais propensas a desenvolver a fadiga crônica após a infecção pelo vírus da covid-19 do que outras.

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