Nunes nomeia superintendente do Smart Sampa como comandante da GCM

São Paulo — O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), anunciou o nome de Eliazer Rodella como o novo comandante-geral da Guarda Civil Metropolitana (GCM). Ele ocupava o cargo de inspetor-superintendente do órgão e assumiu o lugar de Agapito Marques, que estava no comando desde 2021.

De acordo com Nunes, a indicação de Rodella partiu do novo secretário de Segurança Urbana, Orlando Morando. O prefeito participou na manhã desta quinta-feira (16/1) da cerimônia de troca de comando na Academia de Formação da GCM, na zona leste da cidade.

Segundo o novo comandante, a nova gestão da GCM terá como foco a prevenção de crimes. “O combate vai ocorrer quando necessário, mas a preventividade (sic) será a mão motriz dessa Guarda Civil Metropolitana”, afirmou.

Rodella foi candidato a vereador em 2016 pelo PSDC e não foi eleito. Na campanha, fazia críticas às cobranças de multas no trânsito e ao limite de velocidades nas marginais, estabelecido pelo então prefeito Fernando Haddad (PT).

Smart Sampa

Com 37 anos de carreira na corporação, o novo nº 1 da GCM comandava a Superintendência de Operações Integradas (SOI) do Smart Sampa, sistema de monitoramento por câmeras da prefeitura.

O programa é a principal bandeira da segurança urbana do governo Nunes e conta com cerca de 20 mil câmeras inteligentes espalhadas pela cidade. Os equipamentos fazem leitura facial para a captura de foragidos e pessoas desaparecidas.

Na última semana, um convênio entre prefeitura e Governo Federal integrou o Smart Sampa ao sistema Córtex, possibilitando também a leitura de placas de veículos roubados.

“Prevenir é melhor que combater. Quem tem que ter medo da polícia é bandido. Com o Smart Sampa, mais de 400 bandidos foram retirados das ruas sem darmos um tiro”, afirmou o novo comandante durante discurso na cerimônia de troca do comando nesta quinta-feira (16/1).

Em outubro de 2024, o Metrópoles mostrou que o Smart Sampa, “big brother” da administração municipal, estabeleceu parceria com a Cosecurity. Com isso, foram integradas 4.400 câmeras de vigilância da empresa privada ao programa da prefeitura.

A gestão paulistana afirma que o controle da privacidade, o uso e tratamento de dados pessoais por qualquer empresa são definidos pela LGPD e o não cumprimento é crime.

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