Polícia Civil oficializa troca de diretor do Deic citado por Gritzbach

São Paulo — A Polícia Civil oficializou, nesta sexta-feira (17/1), a nomeação de Ronaldo Augusto Comar Marão Sayeg como diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic).

Sayeg assume o cargo deixado por Fabio Pinheiro Lopes, conhecido como Fábio Caipira, após o antigo diretor do Deic ser citado na delação de Vinícius Gritzbach, executado em novembro no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos.

O novo diretor estava à frente do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), é professor na Academia de Polícia Dr. Coriolano Nogueira Cobra e atua há 26 anos na Polícia Civil.

Além da nomeação de Sayeg, também foi oficializada a saída de Rosemeire Monteiro de Francisco Ibanez da Corregedoria da Polícia Civil.

Rosemeire estava afastada do seu cargo desde dezembro de 2024, após seu sobrinho, Eduardo Monteiro, chefe de investigações da instituição, ser preso por suspeita de corrupção e extorsão contra um investigado. Ele também é investigado por ligação com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

O que aconteceu

  • A Secretaria da Segurança Pública (SSP) publicou nesta sexta (17/1) a nomeação de Ronaldo Augusto Comar Marão Sayeg como diretor do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic);
  • Sayeg assume o cargo deixado por Fabio Pinheiro Lopes, conhecido como Fábio Caipira;
  • Fábio Caipira foi citado na delação do relator do PCC, Vinícius Gritzbach;
  • Sayeg era diretor do Departamento de Investigações sobre Narcóticos (Denarc), cargo assumido por Carlos César Castiglione;
  • Corregedora-geral da Polícia Civil, Rosemeire Monteiro de Francisco Ibanez, foi afastada do seu cargo;
  • Rosemeire estava afastada desde dezembro de 2024 após seu sobrinho, Eduardo Monteiro, ser investigado por corrupção e extorsão e ligação com o PCC.

Afastamento do antigo diretor do Deic

Fábio Caipira foi citado na delação de Vinícius Gritzbach sobre extorsões realizadas por policiais civis para interferir no inquérito sobre a morte do líder do PCC Anselmo Santa Fausta, o Cara Preta, em dezembro de 2021.

Na ocasião, Vinícius Gritzbach disse ao Ministério Público do estado (MPSP) que o advogado Ramsés Benjamin teria se apresentado como uma pessoa com interlocução com o delegado Fábio Caipira. Esse advogado teria dito que se Gritzbach efetuasse o pagamento de R$ 5 milhões em propina, seu passaporte seria devolvido pelo então chefe do Deic. O delegado nega a acusação.

Após a morte do delator do PCC, em novembro de 2024, a Secretaria de Segurança Pública passou a ventilar o afastamento de Fábio. Ele saiu de férias em dezembro de 2024 e teria sua situação avaliada ao retornar ao cargo em janeiro deste ano.

Fábio nega envolvimento com o relator do PCC e afirma que Vinícius Gritzbach mentiu em sua delação premiada ou foi enganado pelo advogado Ramsés Benjamin.

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