Espécie humana extinta se adaptou para viver em clima extremo no deserto

Ancestrais da espécie humana foram capazes de se adaptar para sobreviver em ambientes desérticos há pelo menos 1,2 milhão de anos. É o que mostra um novo estudo publicado neste mês na revista científica Nature.

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Desenvolvido por pesquisadores da University of Calgary e University of Manitoba, ambas no Canadá, o estudo sugere que adaptações comportamentais proporcionaram a maior dispersão geográfica e sobrevivência do Homo erectus.

Entre elas, a capacidade de retornar reiteradamente ao longo de milhares de anos a rios e lagoas específicos para obter água doce, e o desenvolvimento de ferramentas especializadas, que os tornou mais eficientes no abate de animais.


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Os cientistas chegaram a essa conclusão por meio da coleta de dados arqueológicos, geológicos e paleoclimáticos coletados na Tanzânia, que é um importante sítio arqueológico de hominídeos primitivos. 

Menino de Turkana: reconstrução de um jovem Homo erectus pelo Museu do Neandertal, no Quênia (Imagem: Wikimedia Commons/CC BY-SA 4.0)

O achado representa uma mudança de paradigma, uma vez que houve um debate significativo sobre quando os primeiros hominídeos adquiriram a adaptabilidade para sobreviver em ambientes extremos, como desertos ou florestas tropicais.

Até então, assumia-se que apenas o Homo sapiens era capaz de se adaptar a tais ambientes. Agora, é possível imaginar que o H. erectus possa ter sido uma espécie generalista capaz de sobreviver em uma variedade de paisagens tanto na África quanto na Eurásia.

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