Vice-presidente de ONG é investigado por R$ 6 milhões ligados ao PCC

Com salários acima de R$ 52 mil e uma conta que movimentou mais de R$ 6 milhões, Geraldo Sales “das Liberdades”, vice-presidente da ONG Pacto Social & Carcerário, está no centro da operação Scream Fake (Grito Falso).

As investigações apontam sua ligação com a facção criminosa PCC, em uma trama que utiliza a ONG como fachada para acobertar interesses ilícitos (confira abaixo).

Montante disponível na conta de Geraldo é incompatível com suas atividades.

A investigação aponta movimentações discrepantes quando se fala no patrimônio de Geraldo e sua esposa, ambos dirigentes da ONG. Nas movimentações financeiras, são utilizados “estornos” para movimentar 98% dos valores na conta de Geraldo. As transações, sempre de pequeno valor e repetitivas, como R$ 255 e R$ 305, são práticas conhecidas para mascarar a origem dos recursos e dificultar o rastreamento (confira abaixo).

Geraldo figura como origem e destino de 98% das operações. operações. Estornos repetidos e fracionados de dinheiro podem dificultar o rastreamento da origem ilícita.

A ONG que Geraldo lidera não apresenta registros financeiros em bancos, mas organiza eventos, manifestações e até viagens de seus diretores para debates e audiências públicas. E embora oficialmente sediada em São Bernardo do Campo (SP), não há evidências de que a organização esteja em pleno funcionamento, o que gera questionamentos sobre a origem dos valores recebidos pelo vice-presidente da ONG.

Durante a investigação, foi verificado o histórico de viagens em nome de Luciene, presidente da ONG. Uma série de 6 viagens foram constatadas em um período de 5 meses. No entanto, a resposta que se busca responder com a investigação, é: não tendo qualquer movimentação financeira compatível em nome da presidente ou da ONG, de onde são advindos os recursos dos dirigentes?

Essas ações, segundo as investigações, seriam financiadas pela facção criminosa, em um esquema que utiliza o Pacto Social & Carcerário como “manto acobertador dos interesses do PCC”.

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