Nutri ensina como deve ser higienização adequada no preparo do frango

Na “onda” de como deve ser a higienização correta de determinados alimentos, a coluna Claudia Meireles acionou especialistas para explicarem sobre como lavar a ora-pro-nóbis, feijão e garrafas de água. No Brasil, é comum ainda levar o frango para debaixo da torneira, mas será que o hábito está correto? Caso tenha dúvidas a respeito do assunto, a nutricionista Adriana Loyola, de São Paulo, irá elucidá-las, além de mostrar como deve ser o procedimento adequado.

De acordo com a especialista, a prática de lavar o frango antes de prepará-lo costuma ser comum em inúmeras cozinhas, entretanto pode colocar em risco a segurança alimentar. “A recomendação de não lavar o frango, fornecida por órgãos como a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério da Saúde, é baseada em estudos que mostram que o método ajuda a espalhar bactérias nocivas, como Salmonella e Campylobacter, presentes na carne crua, como pia, utensílios e até outros alimentos”, enfatiza.

Foto colorida de mãos segurando frango embaixo de uma torneira aberta - Metrópoles
Lavar o frango não é uma prática adequada

Entenda por que lavar o frango não é uma prática segura:

  • A nutricionista Adriana Loyola detalha que a possível dispersão de bactérias pode causar intoxicações alimentares graves.
  • Ao lavar o frango, as gotículas de água tendem a ser projetadas para áreas próximas, aumentando o risco de contaminação cruzada, conforme ressalta a especialista em comportamento alimentar.
  • Tanto o Ministério da Saúde quanto a Anvisa condenam a prática de lavagem do alimento.
  • O método indicado envolve cozinhar a carne em alta temperatura.

Alerta!

Quem defende ter adotado uma técnica de higienização em que os micro-organismos não se proliferem, a nutricionista faz um alerta.

“Mesmo que a lavagem seja feita com água potável, a simples ação de esfregar e enxaguar pode não eliminar as bactérias, já que tendem a estar presentes em diferentes partes do frango, como nas cavidades internas”, avisa a nutricionista.

Novamente, Adriana Loyola reitera quanto a não lavar o frango antes de cozinhar com o objetivo de evitar a propagação de micro-organismos perigosos. “O correto é cozinhar a carne crua a uma temperatura suficientemente alta para matar essas bactérias”, indica.

Peito de frango cru sendo preparado para refeição com temperos ao redor - Metrópoles
Lavar o frango pode favorecer a propagação de bactérias para utensílios e alimentos próximos

Passo a passo

Caso se pergunte como deve ser o processo de higienização adequado no preparo e manuseio do frango, a especialista ensina um passo a passo. “Seguindo essas orientações, há a redução dos riscos de contaminação e o alimento é preparado de forma segura para o consumo”, reitera a expert em comportamento alimentar.

1. Limpeza das mãos e utensílios

Antes de manipular o frango, a nutricionista instrui lavar bem as mãos com água e sabão. “Certifique-se de que as superfícies e utensílios que entrarão em contato com o frango estejam limpos, como facas, pias e tábuas de corte”, complementa.

2. Armazenamento adequado

“O frango deve ser mantido em temperatura adequada, refrigerado a 4ºC ou menos, até o momento de ser preparado”, salienta Adriana. Ela acrescenta que deve ser evitado deixar o alimento fora da geladeira por mais de duas horas: “Isso pode favorecer o crescimento de bactérias.”

Foto colorida de dois peitos de frango cru em uma tábua de madeira - Metrópoles
A nutricionista esclarece que essa carne não pode ficar por mais de duas horas fora da geladeira

3. Cozimento adequado

Segundo a especialista, a melhor forma de garantir que o frango esteja livre de bactérias perigosas é “cozinhando a carne completamente”. A temperatura interna do alimento deve atingir pelo menos 75ºC, principalmente nas partes mais grossas, como o peito e as coxas. “Um termômetro culinário pode ajudar a garantir essa temperatura”, sugere.

4. Evitar a contaminação cruzada

Ao cortar ou temperar o frango, utilize utensílios e tábuas separados para a carne e para outros alimentos, como vegetais, conforme recomenda a nutricionista. “Após o uso, lave-os com água quente e sabão”, finaliza.

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