As economias do Brasil, Argentina e China (por Roberto Caminha Filho)

No primeiro dia de aula do curso de economia, o Professor e Senador Jeferson Peres, disse para que todos aprendessem por toda a vida:

– A base do sistema capitalista é a confiança. Sem confiança entre os vetores do mercado, nada funciona. O Mandatário diz uma coisa, faz outra e o cidadão sente uma terceira. Pronto! Está feita a fórmula para que a economia daquele lugar desregule.

O Presidente da Argentina disse que faria um governo liberal, onde o Estado interviria o mínimo possível nas atividades do povo. O povo o apoiou e está vendo o reflexo nas quedas sucessivas da inflação e aumento do superavit fiscal. Em dezembro de 2023 a inflação da Argentina foi de 25,5%, em janeiro de 2024 já chegou a 20,6 % e em fevereiro deste mesmo ano, a subida dos preços já foi de 13,2% com superavit fiscal, o que os Hermanos não viam há doze anos, graças a um brutal corte nos gastos públicos, feito pelos seus atuais dirigentes. A resposta positiva da população às ações do atual Governo, mostra a credibilidade que a população está tendo no seu Presidente e que espera muito mais. O céu argentino, não é todo azul para o Presidente Milei, há luta política em todas as câmaras, e está sendo muito dura, com o seu Governo entregando anéis valiosos para não cortarem os dedos. Assim é a luta em todos os países onde se respira governos liberais e democráticos.

No nosso Brasil, há uma briga muito grande entre dois grandes líderes. O Presidente Lula, vitorioso nas últimas eleições, e o ex-presidente Bolsonaro, líder dos derrotados e prestigiado, como nunca, em face da baixa credibilidade do atual presidente, frente aos fatos econômicos e políticos que vem enfrentando com decisões que não mostram resultados satisfatórios e que rebaixam, ainda mais, a sua aceitação. Está sendo divulgado pelas redes sociais, maciçamente, que o pais está sendo dirigido por todos os julgados e condenados pela Lava-Jato, a ação que prendeu, julgou e condenou, por corrupção, vários personagens da atual administração.

O brasileiro já começa a se inquietar com as briguinhas e intrigas entre o presidente anterior e o atual, sem que se tome as decisões que o atual governo precisa tomar, para melhorar a sua performance e trazer um pouco de conforto para o sofrido povo brasileiro. É urgente, o corte dos gastos públicos, que o Presidente Lula puxe para si a governabilidade que os votos o presentearam para mais quatro anos na nossa direção e que demonstre, no Presidencialismo, votado e vitorioso pela esmagadora maioria do povo, como queremos ser dirigidos.  O Supremo tem o seu lugar, o Senado e a Câmara Federal tem os seus e é só o que o povo deve sentir para continuar ajudando. O povo tem que voltar a sentir que é o Presidente da República, o verdadeiro mandatário e chefe da nossa nação.

O Presidente Lula, para voltar a brilhar, deve tomar o poder das mãos de muitos e trazer para as suas, decidir pelo que é melhor para o povo e fazer política partidária, onde já mostrou ter doutorado e que parece haver esquecido. É credibilidade e confiança que devemos devolver ao nosso Presidente, para que voltemos a sonhar com superavit nas nossas contas e nos nossos balanços. A luta no Mar do Caribe, nos Andes, no Oriente Médio e no Leste europeu, pouco nos interessa e o povo brasileiro detesta as palavras guerra, conflito e mortes desnecessárias por outros guerreiros.

Imitemos os chineses. Eles são a República Democrática da China e dão um show de socialismo, de liberalismo, de mercantilismo e praticam a mais cruel forma de capitalismo que conhecemos. Eles são muito duros nas negociações e jogam mais duro com quem quer passar, à frente, das reais necessidades do povo chinês. Quem vai para a mesa de negociação com os guerreiros amarelos, sabem como eles são duros e buscam o centavo necessário para cada produto em questão.

Vamos lutar as nossas guerras e abandonar as guerras alheias. A nossa guerra é aqui e todo brasileiro quer segurança, saúde e educação.

 

Roberto Caminha Filho, economista, só quer a guerra da confiança interna

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