Cometa que aparece a cada 160 mil anos é fotografado no céu do Brasil

O astrofotógrafo Gabriel Zaparolli tirou fotos espetaculares do cometa C/2024 G3 (ATLAS), que vem fascinando observadores no hemisfério sul. Ele fez os cliques no Rio Grande do Sul e publicou os resultados em seu perfil no Instagram. 

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Em uma das publicações, Zaparolli explicou que, inicialmente, pareceu que ele e seu colega não iriam conseguir registrar o cometa — o motivo era a forte nebulosidade presente. “Alguns minutos depois começamos a notar uma abertura, e logo em seguida, o cometa aparecendo intensamente”, acrescentou.

A espera valeu a pena. Veja o registro:


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Uma publicação compartilhada por Gabriel Zaparolli ⛈️🌌🏄🏼 (@gabriel_zaparolli)

Em outra postagem, ele mostrou um novo clique do cometa G3 ATLAS, agora emoldurado pelo relevo do município gaúcho de Jaquirana. A cena era espetacular por si só, mas a dupla se deparou com uma surpresa que deixou tudo ainda mais especial.  

“Quando chegamos, percebemos algo mágico: o campo estava repleto de luzes piscando. Eram centenas de vagalumes, criando um espetáculo único que se uniu à paisagem”, descreveu o astrofotógrafo na legenda da imagem. “Esse momento resultou em um dos registros mais impressionantes que já fiz em minha carreira como astrofotógrafo!”, finalizou.

Confira:

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O cometa ainda pode ser observado no céu do hemisfério sul até o fim de janeiro. A dica é procurá-lo logo após o pôr do Sol, perto do astro. Ele vai ficar mais alto a cada dia e menos brilhante, dificultando sua observação. 

Cometa ATLAS C/2024 G3

O Atlas C/2024 G3 leva 160 mil anos para completar uma volta ao redor do Sol, e o ideal é observá-lo a partir do hemisfério sul. Ele alcançou brilho máximo por volta da metade de janeiro, quando esteve no periélio (o ponto mais próximo do Sol em sua órbita ao redor do astro) — inclusive, ele pareceu brilhar mais que o “cometa do século”. 

Durante o periélio, o ATLAS G3 ficou a cerca de 13,5 milhões de quilômetros do Sol, distância equivalente a 0,09 unidades astronômicas (cada unidade equivale à distância entre o Sol e a Terra). E, inicialmente, ele pareceu ter sobrevivido à aproximação da nossa estrela. 

Só que observações realizadas na última semana sugerem que o ATLAS G3 pode estar se desintegrando. As suspeitas começaram no dia 19, quando o objeto ficou muito mais brilhante do que estava até então — e, normalmente, o aumento súbito no brilho dos cometas ocorre antes de começarem a se desintegrar. 

Observações com telescópios parecem indicar que, de fato, este foi o destino do cometa: uma imagem publicada no X/Twitter pelo astrofotógrafo Lionel Majzik mostra que o objeto já não tem mais seu núcleo rochoso. De qualquer forma, novas observações devem confirmar se o ATLAS G3 realmente acabou desintegrado.

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