Envelhecimento da população revela necessidade de planejar o futuro financeiro

 

O envelhecimento da população brasileira somado ao aumento da expectativa de vida impactam diretamente no sistema previdenciário do país. Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) aponta que, a partir de 2051, o Brasil terá mais beneficiários da Previdência Social do que contribuintes. A menos que o poder público consiga reverter a tendência desse gargalo cada vez mais apertado, tal previsão revela a necessidade urgente de que os jovens de hoje façam um planejamento financeiro para o futuro, visando a aposentadoria.

O cenário é desafiador para o poder público que, além do desequilíbrio no sistema, enfrenta obstáculos como o déficit previdenciário, a informalidade e a falta de pagamento de contribuições. Diante da possibilidade de um colapso, investir em educação financeira torna-se fundamental para que os jovens assumam uma postura proativa e criem estratégias para garantir uma aposentadoria confortável, independentemente do sistema público.

Segundo o gerente de FP&A do Banco Mercantil, Sérgio Batista, o primeiro passo é entender as necessidades das pessoas acima de 60 anos. “Você precisa pressupor seus gastos, levando em consideração os cuidados com saúde, o lazer e o seu custo de vida. E, então, buscar alternativas que possam dar um retorno de longo prazo. O segredo é criar uma reserva financeira e priorizá-la”, destaca.

“Entender a importância de poupar, mesmo que com valores menores, pode ter um impacto significativo com o tempo. É preciso traçar metas claras de quanto você vai precisar para a aposentadoria e quais investimentos são necessários para alcançá-las. Isso ajuda a manter o foco e a disciplina”, orienta o especialista.

Em vez de depender exclusivamente do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), Sérgio recomenda investir em alternativas privadas, diversificando as fontes de renda. Ter múltiplas opções, como imóveis alugados, negócios próprios ou renda passiva de ações, pode garantir maior segurança no futuro.

Sérgio salienta que a escolha do melhor plano vai depender de diversos fatores, como a tolerância ao risco, o horizonte de tempo até a aposentadoria, e a necessidade de renda passiva. “O aumento da taxa Selic, que é a principal referência das aplicações, favorece a intenção de aplicações simples em taxas fixas”. Atualmente, as instituições financeiras estão preparadas para orientar seus clientes sobre a melhor carteira, oferecendo soluções que melhor se adequam aos objetivos e ao perfil de cada investidor. Algumas opções incluem:

  • Poupança: opção segura, mas que apresenta baixos rendimentos;
  • CDB’s (Certificados de Depósito Bancário): costuma ser mais rentável que a poupança e oferece rendimentos fixos;
  •  Previdência Privada (VGBL e PGBL): plano de poupança de longo prazo;
  • Tesouro Direto: garantidas pelo Tesouro Nacional e possuem rentabilidade fixa;
  • Debêntures: títulos de dívida emitidos por empresas para captar recursos financeiros. Oferecem rentabilidade fixa e são garantidos pelas empresas;
  • Letras de Crédito Imobiliário (LCIs): risco baixo, garantido pelo crédito imobiliário;
  •  Letras de Crédito do Agronegócio (LCAs): risco baixo, garantido pelo crédito do agronegócio;
  • Ações: risco elevado, com potencial de maior rentabilidade no longo prazo;
  • Fundos Multimercado: com diversificação automática, possibilita retornos mais elevados, devido à mistura de ativos.

Fonte: Assessoria de Imprensa

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