Exclusivo: veja momento em que chefão do Comboio do Cão deixa hospital

Em questão de segundos, um dos líderes da facção criminosa Comboio do Cão (CDC) deixou o Hospital Regional de Santa Maria (HRSM), logo após fazer exames de rotina. Fabiano Sabino Pereira, conhecido como “FB”, chegou à unidade de saúde sob forte esquema de segurança, nessa terça-feira (21/1).

A coluna Na Mira teve acesso exclusivo a uma das imagens que mostra a escolta de policiais penais ao faccionado, vestido com roupas brancas e usando máscara cirúrgica.

Após o atendimento, o faccionado retornou ao complexo penitenciário da Papuda. FB está na prisão desde 2017, mas, em 2021, foi condenado a 9 anos, 9 meses e 22 dias de reclusão por integrar organização criminosa, com agravo da pena por comandar uma facção.

FB é considerado braço-direito do chefão do CDC, William Peres Rodrigues – o “Wilinha” –, preso em Paranhos (MS), na divisa com o Paraguai, durante uma megaoperação desencadeada pelo Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (Decor) da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), em abril de 2021.

preso sendo escoltado

Homicídios

Além disso, Fabiano é investigado por ao menos três homicídios qualificados e uma tentativa de assassinato, cometidos entre 2013 e 2015, segundo denúncia do Ministério Público. Anteriormente, em 2002, ele foi preso por tráfico de drogas no Recanto das Emas (DF) e, cinco anos depois, tentou matar a ex-companheira a tiros.

Veja fotos da época da prisão de Wilinha:

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Chefão condenado

Em 2022, a Vara Criminal e do Tribunal do Júri do Riacho Fundo (DF) condenou “Wilinha” a 19 anos e 4 meses de prisão. O criminoso passou cerca de dois anos anos foragido antes de ser preso em Paranhos. Contra ele, havia quatro mandados de prisão preventiva expedidos pela Justiça do Distrito Federal.

“Além de integrar e liderar organização criminosa, cujas características principais são o alto poder de armas, a eliminação de testemunhas e inimigos, bem como a atemorização da comunidade em que está inserida, a longa série de crimes em que o acusado está envolvido, o habitual uso de identidades falsas e as provas colhidas nos autos evidenciam que, em liberdade, o condenado não hesita em praticar novos crimes, o que impõe a manutenção da prisão em garantia da ordem pública”, entendeu o juiz Atalá Correia.

Violência da facção

A organização criminosa comandada pelo agora condenado atua em toda a capital federal, por meio da prática de crimes como tráfico de drogas e armas, homicídios e lavagem de dinheiro.

Uma característica que chama a atenção é a violência da facção para eliminar desafetos e traficantes rivais, com uso de pistolas de grosso calibre e de última geração, além de acessórios que aumentam o poder de fogo – como seletores de rajadas e carregadores estendidos.

Durante as investigações, o Decor identificou que Wilinha passou por alguns estados antes de se estabelecer na fronteira entre Brasil e Paraguai, de onde supostamente enviava drogas e armas para o grupo no Distrito Federal.

À época, William foi preso em uma residência e não reagiu à ação dos policiais. No imóvel, foi encontrada uma pistola calibre 9 mm, com carregador estendido e grande quantidade de munição. Após a detenção, ele foi imediatamente levado para a cidade de Dourados (MS) e, depois, transportado para Brasília pela aeronave da Divisão de Operações Aéreas (DOA) da PCDF.

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