Governo descarta tabelamento de preços e “fiscal de Lula” nos mercados

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou, nesta sexta-feira (24/1), que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não tomará nenhuma medida “heterodoxa” com o intuito de conter o aumento do preço dos alimentos.

O que aconteceu:

  • O presidente Lula se reuniu com alguns ministros nesta sexta-feira (24/1) para discutir medidas com o intuito de evitar uma alta ainda maior no preço dos alimentos;
  • O preço dos alimentos puxou a alta na inflação de 2024, que fechou o ano em 4,83% — acima da meta projetada pela equipe econômica do governo.

A declaração de Rui Costa acontece após uma reunião com o presidente Lula e auxiliares para debater uma série de medidas com o intuito de frear a alta no preço dos alimentos. Os ministros Fernando Haddad (Fazenda), Carlos Fávaro (Agricultura), Esther Dweck (Gestão e Inovação) e Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) também estiveram presentes.

“Nenhuma medida heterodoxa será adotada. Não haverá congelamento de preços, não terá rede estatal ou de lojas para vender produtos, sequer foi apresentado na reunião”, disse Rui Costa.

O chefe da Casa Civil citou que o Palácio do Planalto não tomará medidas como aquelas do governo Sarney, durante o Plano Cruzado, quando os “fiscais do Sarney” fiscalizavam os preços no comércio varejista.

“Não terá subsídio, não terá supermercado estatal, não terá fiscal do Lula”, completou Rui Costa.

A declaração do ministro da Casa Civil acontece depois que o próprio sugeriu uma “intervenção” do governo com o intuito de baratear os alimentos. A pauta deve ser o foco da terceira gestão petista em 2025.

“Vamos fazer algumas reuniões com o ministro da Agricultura, com o ministro do Desenvolvimento, o rural, que pega as pequenas propriedades, o MDR e o Ministério da Fazenda, para a gente buscar um conjunto de intervenções que sinalizem para o barateamento dos alimentos”, declarou o ministro durante o programa Bom Dia, Ministro, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

O mercado não reagiu muito bem a declaração de Rui Costa, o que levou a uma nova onda de ataques sofrido pelo governo Lula nesta semana.

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