Laudo pode dar reviravolta em caso de idosa morta em cadeira de rodas

A Polícia Civil do Rio de Janeiro aguarda o resultado do laudo cadavérico de Aurora do Nascimento Marques, de 100 anos, para esclarecer os desdobramentos de sua morte e do caso que viralizou nas redes sociais. Na última terça-feira (21/1), o filho da idosa foi flagrado empurrando o corpo dela em uma cadeira de rodas pelas ruas de Bateau Mouche, na Praça Seca, zona norte do Rio.

Segundo depoimentos, Aurora começou a passar mal enquanto almoçava, e o filho acionou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Médicos que atenderam a ocorrência atestaram a morte da idosa, aparentemente por causas naturais. No entanto, o homem achou que os profissionais do Samu acionariam a Secretaria Municipal de Assistência Social (Smas) para lidar com o corpo, o que não ocorreu.

Após horas de espera e percebendo que o estado de putrefação avançava devido ao calor, o filho conta que decidiu levar o corpo até o Centro de Referência de Assistência Social (Cras) da Praça Seca. Ele colocou o corpo da mãe em uma cadeira de rodas e caminhou até o local. No trajeto, a situação atraiu a atenção de moradores e até traficantes locais, que o abordaram sob suspeita de homicídio.

A Polícia Militar encaminhou o homem à 28ª DP (Praça Seca), onde prestou depoimento. Enquanto isso, agentes da delegacia solicitaram uma guia de remoção do corpo, que ainda estava nas ruas da comunidade.

O corpo de Aurora do Nascimento Marques está no Instituto Médico Legal (IML), e a causa da morte será confirmada pela autópsia. Caso o laudo conclua que a morte foi natural, o filho não responderá criminalmente.

 

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