Celac discute crise migratória e deportações dos EUA

Tegucigalpa – A presidente de Honduras, Xiomara Castro, convocou uma reunião emergencial da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) para o próximo dia 30 de janeiro.

O encontro, que ocorrerá na capital hondurenha, abordará tensões relacionadas à migração e deportações realizadas pelos Estados Unidos, incluindo o tratamento de migrantes brasileiros e colombianos.

A convocação acontece em meio a relatos de práticas consideradas degradantes, como o uso de algemas em deportados. O Brasil e a Colômbia já confirmaram sua participação, enquanto o governo brasileiro avalia o formato de presença do presidente Lula.


Deportações e tensões diplomáticas

Os Estados Unidos enfrentam críticas crescentes pela maneira como conduzem as deportações. No caso do Brasil, 88 cidadãos foram devolvidos ao país em condições descritas como humilhantes, de acordo com o Itamaraty, que também citou violações a acordos bilaterais de 2018.

A situação gerou atritos significativos com a Colômbia. O presidente colombiano, Gustavo Petro, recusou voos fretados com deportados e reagiu às medidas comerciais impostas pelo ex-presidente norte-americano, Donald Trump.


Retaliações comerciais e sanções

Donald Trump anunciou tarifas de 25% sobre produtos colombianos e ameaçou com inspeções mais rigorosas para colombianos que entrarem nos EUA. Petro, por sua vez, afirmou que adotará medidas similares contra produtos norte-americanos e criticou as ações do governo dos EUA.

“Os Estados Unidos não podem tratar os migrantes colombianos como criminosos”, escreveu Petro em suas redes sociais, destacando que há mais de 15 mil norte-americanos vivendo de forma irregular na Colômbia.


Participação brasileira no debate

O governo brasileiro, representado pelo presidente Lula e pelo chanceler Mauro Vieira, ainda discute o formato de participação no evento. A decisão será tomada em reunião agendada para esta segunda-feira (27).

Fontes do Palácio do Planalto indicaram que a presença de Lula pode ocorrer de forma virtual ou presencial. A reunião da Celac atende a um pedido direto de Petro, que busca alinhar estratégias regionais para responder à crise migratória.


O papel da Celac na crise migratória

A Celac, composta por 33 países, tem como missão fortalecer a integração regional e reduzir a dependência de potências globais. Temas como migração, desarmamento nuclear e energia estão entre as principais pautas do bloco.

Neste contexto, a reunião extraordinária de 30 de janeiro poderá definir medidas conjuntas para enfrentar as tensões migratórias e comerciais com os Estados Unidos.


Entenda o caso: crise migratória e deportações

  • Convocação: Reunião emergencial liderada por Xiomara Castro, presidente de Honduras.
  • Objetivo: Discutir ações para enfrentar deportações dos EUA e suas consequências.
  • Brasil: Envolvido após denúncias de deportações degradantes.
  • Colômbia: Em confronto direto com Donald Trump por retaliações comerciais.
  • Celac: Busca alinhar estratégias regionais diante da crise.

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