Morre a escritora e ativista Maryse Condé, aos 90 anos

A escritora guadalupense Maryse Condé morreu nesta terça-feira (2/4), aos 90 anos, em um hospital no Sul da França. Ela lutava contra as consequências de um acidente vascular cerebral sofrido há pouco tempo e também tinha uma doença neurológica. A causa da morte, contudo, não foi confirmada pela família.

Nascida em Pointe-à-Pitre, em Guadalupe, Maryse Condé é uma das principais vozes negras da literatura francófona, com uma obra marcada pela mistura de influências culturais caribenhas e africanas. Em seus mais de 30 livros, ela explorou temas como identidade, colonialismo, racismo e feminismo.

Condé estudou na Universidade de Sorbonne, em Paris, onde se envolveu com movimentos literários e políticos. Seu trabalho frequentemente desafia as normas sociais e culturais, destacando as lutas das pessoas marginalizadas e subjugadas.

Entre suas obras mais conhecidas estão Ségou: Les Murailles de Terre, uma saga épica que retrata a vida na África Ocidental durante a era colonial, e La Vie Scélérate, um romance que aborda questões de opressão e resistência.

Reconhecida internacionalmente, Maryse Condé recebeu vários prêmios literários ao longo de sua carreira, incluindo o prestigioso New Academy Prize in Literature, prêmio alternativo ao Nobel de Literatura.


0

Adicionar aos favoritos o Link permanente.