Pesquisadores da Apple desenvolveram um modelo de IA chamado ReALM, capaz de rodar localmente nos dispositivos e absorver o contexto das conversas para responder às perguntas. De acordo com testes internos, a tecnologia seria comparável ao LLM GPT-4 da OpenAI para realizar algumas tarefas rápidas.
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Os resultados foram publicados num artigo científico assinado por sete pesquisadores vinculados à Apple. O nome ReALM é uma sigla para Reference Resolution As Language Modeling (“Resolução de Referência como Modelagem de Linguagem”, em tradução livre) e foca no poder da IA para analisar diferentes, como dados contidos na telas e que não são facilmente reduzidos a textos.
O mecanismo de IA é dividido entre três entidades principais:
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- Na tela: informações exibidas na tela do aparelho;
- Conversacional: tarefas com base no que o usuário pediu para a IA durante uma conversa. Os dados podem surgir pela iniciativa de quem pede uma informação ou de uma resposta do assistente de IA.
- Plano de fundo: informações relacionadas a atividades que ocorrem em segundo plano no aparelho e não fazem parte da tela principal ou da conversa, como um pedido para interromper um alarme ou uma música reproduzida num aplicativo.
Dessa forma, o modelo seria capaz de interpretar pedidos em linguagem natural — como exemplo, o artigo usa uma lista de endereços e diz que o usuário pode pedir para “ligar para a penúltima opção” ou “ligar para aquele em determinada rua”. Apesar de não ter sido mencionada no estudo, a assistente Siri parece ser a grande beneficiada da novidade, já que o motor de IA poderia ser adicionado ao sistema.
Comparação com GPT-4
Os testes conduzidos com o GPT-3.5 (usado na versão gratuita do ChatGPT) e o GPT-4 (modelo mais recente da OpenAI, disponível no ChatGPT Plus) revelam que até as versões mais leves do ReaLM superam a versão 3.5 e consegue bater de frente com o GPT-4, superando a tecnologia em contextos específicos, como ações específicas para o domínio.
Dessa forma, os pesquisadores concluem que o ReaLM seria uma opção para um sistema “que pode existir no dispositivo sem comprometer a performance”. É mais um sinal de que a tecnologia poderia ser usada com a Siri no iOS.

Os modelos de IA para celulares enfrentam um desafio comum com relação à performance: alguns conseguem rodar algumas tarefas localmente no aparelho, mas atividades mais complexas ainda exigem uma conexão a um servidor pela nuvem.
Concentrar tudo no dispositivo é melhor para garantir a privacidade das conversas, mas esbarra em problemas de performance — a premissa é de que o modelo da Apple resolva isso.
Apple e IA
Depois de um 2023 quieto, a Apple deve entrar na corrida das IAs generativas em 2024. A expectativa é de que o iOS 18, a próxima geração do sistema operacional do iPhone, tenha grande foco em IA e uma Siri reformulada para funcionar como o ChatGPT ou o Gemini.
A empresa já divulgou estudos sobre um outro modelo de linguagem multimodal (com suporte a mais de um formato de mídia), chamado MM1, mas ainda não é possível ter certeza sobre quais tecnologias serão usadas. As novidades de IA para o iPhone e outros produtos da Gigante de Cupertino devem ser anunciadas durante a conferência WWDC, marcada para o dia 10 de junho.
Você pode conferir o artigo original sobre o ReaLM (em inglês) em arxiv.org.
Leia a matéria no Canaltech.
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