Nos últimos 30 anos, MTE tirou 65 mil de situações de trabalho escravo

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) divulgou, nesta terça-feira (28/1), dados sobre as ações contra as formas de trabalho escravo no Brasil. Os números mostram que nos últimos 30 anos, a pasta resgatou 65.598 trabalhadores e trabalhadoras.

Os resgates dos milhares de trabalhadores e trabalhadoras foram realizados em 8.483 ações fiscais.

Cerco fechado contra o trabalho escravo

  • 65 mil resgatados: desde 1995, o MTE salvou 65.598 trabalhadores de condições análogas à escravidão.
  • Verbas trabalhistas: desde 2003, mais de R$ 155 milhões foram pagos às vítimas resgatadas.
  • Dados de 2024: no ano passado, 2.004 pessoas foram resgatadas, com R$ 7 milhões assegurados.
  • Cenário atual: crescem resgates em áreas urbanas, que já representam 30% dos casos.

Entre os anos de 2003, quando começou a ser registrada a série histórica, e de 2024, mais de R$ 155 milhões de reais em verbas trabalhistas e rescisórias foram pagos às vítimas.

2024

No ano passado, 2.004 trabalhadores e trabalhadoras foram resgatados de trabalhos “degradantes”. No total foram assegurados o pagamento de R$ 7.061.526,03 em verbas trabalhistas e rescisórias.

“A política pública de combate ao trabalho escravo alcançou, ao todo, 5.741 trabalhadores, incluindo aqueles cujos direitos, mesmo não caracterizados como situação de trabalho escravo contemporâneo, foram verificados e assegurados pela atuação dos auditores-fiscais do Trabalho. As fiscalizações ocorreram em todo o território nacional, tanto pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel (GEFM) quanto pelas unidades regionais do MTE nos estados”, explica o MTE em nota.

Os números da Classificação Nacional das Atividades econômicas (CNAE), trazem que as áreas com maior número de resgatados em 2024 foram: construção de edifícios (293), cultivo de café (214), cultivo de cebola (194), serviço de preparação de terreno, cultivo e colheita (120) e horticultura, exceto morango (84).

O MTE esclarece que os dados revelam um crescimento significativo no número de trabalhadores resgatados em áreas urbanas, que representaram 30% do total de trabalhadores em condições análogas à escravidão identificados em 2024.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.