Embaixada brasileira no Congo é atacada em meio a confrontos no país

Em meio aos conflitos na República Democrática do Congo, a Embaixada do Brasil na capital do país, Kinshasa, foi alvo de ataques nessa terça-feira (28/1). A informação foi divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores por meio de nota.

O que acontece no Congo

• A história do Congo é marcada por conflitos envolvendo o governo local e grupos rebeldes. 
• Um deles é o M23, que desde 2022 intensificou ofensivas contra a atual administração do Congo, e recentemente chegou à cidade de Goma. 
• Apesar de Ruanda não assumir publicamente, o país é acusado de financiar o M23 e outros grupos na região, que dizem defender os interesses da minoria tutsis.
• Na década de 1990, os tutsis foram alvo de um genocídio em Ruanda, que matou entre 400 mil e 1 milhão de pessoas.

De acordo com o Itamaraty, ninguém ficou ferido durante a ação. Uma Bandeira do Brasil foi levada por manifestantes, que atacaram outras representações diplomáticas, cobrando uma ação mais efetiva da comunidade internacional quanto à violência no país envolvendo o governo local e o M23.

“O governo brasileiro expressa grave preocupação com os ataques a representações diplomáticas estrangeiras ocorridos hoje (ontem), 28/1, em Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, inclusive à Embaixada do Brasil, cuja bandeira foi retirada e levada pela multidão. Encarregado de negócios e funcionários da Embaixada do Brasil em Kinshasa não foram atingidos nesse incidente”, informou um trecho do comunicado.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores do Congo, o avanço do M23 em Goma forçou o deslocamento de 500 mil pessoas desde o início do ano.