Filiado ao PSD, vice de Tarcísio comenta crítica de Kassab a Haddad

São Paulo — O vice-governador Felicio Ramuth (PSD) comentou, nesta sexta-feira (31/1), a declaração do secretário de Relações Institucionais do governo do estado, Gilberto Kassab (PSD), na qual ele critica o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).

Ramuth, que foi indicado por Kassab ao cargo de vice de Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que a repercussão da crítica do secretário ao ministro do governo Lula se dá devido a relevância política do presidente do PSD, que “apenas expressou” aquilo que já é dito em Brasília.

“Ele apenas expressou publicamente aquilo que a gente já vem escutando lá em Brasília: a falta de apoio ao ministro Haddad e ao governo [federal]. Ele externa apenas aquilo que muitas pessoas em Brasília, que fazem parte até do próprio governo Lula, já costumam falar nos corredores”, disse Ramuth (PSD).

O vice de Tarcísio se manifestou sobre o caso durante agenda no centro de São Paulo, ao lado do prefeito Ricardo Nunes (MDB). Ramuth negou que a declaração de Kassab tenha relação com as eleições de 2026 — o cacique do PSD planeja ser vice de Tarcísio na tentativa de reeleição, mas enfrenta forte resistência entre bolsonaristas, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“É muito cedo para agente pensar em hipóteses futuras, mas não tenho dúvida nenhuma que ele tem capacidade técnica e conhecimento político para poder pleitear qualquer tipo de cargo no futuro”, disse Ramuth.

 

Entenda a polêmica

  • Gilberto Kassab é presidente do PSD e secretário de Relações Institucionais do governo Tarcísio de Freitas, em São Paulo.
  • O PSD é o partido que venceu o maior número de prefeituras durante as eleições de 2024 e foi um importante aliado de Lula nas eleições de 2022.
  • Na quarta-feira (29/1), Kassab fez duras críticas ao ministro da Fazenda e possível sucessor do presidente Lula, Fernando Haddad, chamando de “fraco” pelo secretário durante um evento com banqueiros, em São Paulo.
  • A fala foi interpretada como um indício de enfraquecimento da relação entre Lula e Kassab e uma tentativa de aproximação do cacique do PSD com bolsonaristas.
  • Atualmente, o PSD possui três ministérios no governo federal: Minas e Energia, Agricultura e Pesca, e tenta aproveitar o momento de reforma ministerial para ampliar sua presença na esplanada dos ministérios.
Adicionar aos favoritos o Link permanente.