Eleito, Alcolumbre critica “falta de comunicação” entre Lira e Pacheco

O presidente do Senado Federal, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), recém-eleito para o cargo, criticou neste sábado (1º/2) a “falta de comunicação” dos presidentes Arthur Lira (PP-AL), da Câmara dos Deputados, e Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do Senado, durante os últimos quatro anos em que estiveram à frente do Congresso. Alcolumbre disse que a crítica era à situação, e não a nenhum dos políticos.

“Concretamente, no último período, esse distanciamento que todo mundo sabe que há ou que havia entre o presidente Rodrigo [Pacheco] e o presidente Arthur [Lira], ele de certo modo enfraqueceu o Poder Legislativo. E eu não estou criticando nem o Arthur nem o Rodrigo. Estou fazendo uma constatação que todos nós sabemos”, declarou à jornalistas depois da sessão que o elegeu.


 

Entenda o contexto

  • Durante as presidências de Lira e Pacheco na Câmara e no Senado, respectivamente, os dois não conseguiram ter um diálogo aberto e ambas as Casas tiveram um distanciamento.
  • Ao longo dos anos que ficaram à frente do Congresso, Lira e Pacheco chegaram a ter embates, como no caso do andamento das medidas provisórias (MPs), que fez com que o governo Lula tivesse que editar uma MP e em seguida enviar um projeto de lei (PL) para conseguir andar com alguma proposta no Legislativo.
  • Pelas cúpulas das Casas ficarem afastadas, muitos projetos acabavam ficando muito tempo na Câmara e pouco no Senado, o que causava irritação nos senadores.
  • Agora presidente do Senado, Alcolumbre quer retomar o diálogo aberto e próximo com a nova cúpula da Câmara.

Segundo o presidente do Senado, a distância dos dois presidentes acabou fazendo com que o Congresso não tivesse respostas para alguns projetos.

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Alcolumbre tem 47 anos está no segundo mandato como senador. Antes, foi eleito deputado federal três vezes e vereador por uma legislatura em Macapá. Casado, é pai de dois filhos.

Alcolumbre volta ao cargo depois de ocupá-lo por um mandato entre 2019 e 2021. Ele elegeu como sucessor o aliado político Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que exerceu dois mandatos, entre 2021 e 2025.
Amapaense já ocupou o cargo entre 2019 e 2021. Alcolumbre conquistou 73 votos dos senadores, segunda maior votação da história
Davi Alcolumbre (União-AP) foi eleito presidente do Senado Federal neste sábado (1º/2).
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Com 73 de 81 votos, Davi Alcolumbre (União-AP) é eleito presidente do Senado pela segunda vez

VINÍCIUS SCHMIDT/METRÓPOLES @vinicius.foto

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Alcolumbre tem 47 anos está no segundo mandato como senador. Antes, foi eleito deputado federal três vezes e vereador por uma legislatura em Macapá. Casado, é pai de dois filhos.

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Alcolumbre volta ao cargo depois de ocupá-lo por um mandato entre 2019 e 2021. Ele elegeu como sucessor o aliado político Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que exerceu dois mandatos, entre 2021 e 2025.

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Amapaense já ocupou o cargo entre 2019 e 2021. Alcolumbre conquistou 73 votos dos senadores, segunda maior votação da história

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Davi Alcolumbre (União-AP) foi eleito presidente do Senado Federal neste sábado (1º/2).

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“Essa falta de comunicação entre o presidente da Câmara e o presidente do Senado dividiu a gente. E em muitas agendas que poderiam ser propositivas para o Brasil, a gente acabou ficando sem tem uma resposta”, declarou.

Alcolumbre também reafirmou que não vai permitir que o poder do Senado seja diminuído.

“E eu respeito todas as opiniões e as decisões de um presidente da Câmara e de um presidente do Senado, mas eu preciso colocar o meu ponto de vista. E eu falei no discurso que não é e nunca será correto uma decisão unilateral de um poder que é bicameral acabar tirando a autonomia e a autoridade do Senado”, afirmou.

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