Tribunal define que júri popular definirá destino de Maria Paula

Tribunal define que júri popular definirá destino de Maria PaulaDA REDAÇÃO

O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJSP) negou, na última terça-feira, dia 25 de janeiro, um habeas corpus impetrado pela empresária Maria Paula Porto Bianco, acusada de, há dez anos, em fevereiro de 2014, mandar matar seu ex-marido, o empresário José Novaes Júnior, então com 55 anos. Como foi o último recurso, Maria Paula irá a júri popular, conforme decisão judicial.  Um júri popular foi marcado para 7 de outubro do ano passado, mas, no final do mês de setembro, os advogados da empresária conseguiram uma liminar suspendendo a sessão.  O processo tramita na Primeira Vara Criminal. OUTROS ENVOLVIDOS 

Em 2018, também em júri popular, foi condenado o ex-policial militar, que estava preso desde novembro de 2014 o qual mantinha um relacionamento com Maria Paula. No desenrolar do processo judicial e dos julgamento, eles terminaram o relacionamento. Em novembro de 2016, outros dois homens foram julgados pela tentativa de homicídio. Um deles, que efetuou os disparos, foi condenado a 10 anos de prisão, e o outro foi condenado a 8 anos. O quarto acusado de participar do crime chegou a ser detido, mas está foragido desde que foi colocado em liberdade.

RÉ PODE SE AUSENTAR

 Mesmo com a definição de uma sessão do júri popular, existe a possibilidade de a ré, a empresária Maria Paula Porto Bianco, não comparecer ao julgamento. Pois ela mudou-se para a Europa. Caso ela compareça e seja condenada pelo crime de tripla tentativa de homicídio, ela poderá deixar o Fórum Criminal já algemada e presa.

Após extensa investigação o delegado de polícia da DIG (Delegacia de Investigações Gerais), Gilberto de Aquino, ressaltou, em novembro de 2014, que o crime teria sido motivado por dinheiro.

O CRIME

José Novaes Júnior, empresário, então com 54 anos, foi alvejado por nove tiros na tarde do dia 7 de fevereiro de 2014, quando saía de sua empresa, que fica na Rodovia Engenheiro Thales de Lorena Peixoto Júnior (SP-318), no distrito de Água Vermelha. Por volta de 12h30, da fatídica quarta-feira, 7 de fevereiro, José Novaes Júnior deixava o local com a esposa e a filha de 19 anos em um carro, quando um homem apareceu e efetuou 11 disparos. Nove deles atingiram Novaes. A filha e a esposa não ficaram feridas, mas o pistoleiro tinha ordens de acabar com a vida das duas. Em seguida, o suspeito fugiu com um cúmplice em outro veículo.

A esposa assumiu o volante e levou o marido para a base do Serviço Móvel de Atendimento de Urgência (Samu), em São Carlos. Ele recebeu os primeiros socorros e foi levado para o hospital.

O empresário Júnior Novaes: ele sobreviveu a nove tiros em 2014 

 

COM MAIS FÉ EM DEUS Uma década após ser vítima da tentativa de execução, o empresário José Novaes Júnior disse acreditar estar vivo “por um milagre”. Ele narra carregar algumas sequelas atentado, mas se disse feliz por poder continuar a sua vida, junto com a família. “Aumentei minha fé em Deus e, embora meu aniversário de nascimento seja no dia 6 de fevereiro, eu passei a comemorar no dia 7 de fevereiro. Em 7 de fevereiro de 2018, Deus me deu um grande presente, que foi mais um filho, que é o Benjamin, que já tem seis anos”, comenta ele. O empresário afirma que três tiros acertaram o peito, dois, o braço, um, a garganta, outro tiro atingiu o abdômen, um, o relógio do empresário e outro ficou alojado no cinto de segurança. “Com tudo isso só estou vivo por milagre”.

TRISTEZA  O empresário vê com muita tristeza a tentativa de execução que sofreu, tudo, segundo ele, motivado por dinheiro: “É muito triste saber, que, segundo os atiradores, que os contratou para me matar foram minha ex-esposa e o seu então marido. A gente nunca acha que uma pessoa com quem você conviveu e com quem tem dois filhos, pode fazer uma coisa tão horrenda que é tentar tirar a vida de uma pessoa”, destacou ele. Ele confirmou que, quando for realizado, ele vai acompanhar o tribunal do júri presencialmente e que deseja que a Justiça seja feita. “Se ela tiver culpa, que seja condenada, e se for inocente, que seja inocentada”, conclui ele.

Foto: Maria Paula Porto Bianco: acusada de planejar o assassinato do ex-marido vive na Europa Fotos: Redes Sociais 

Fonte: São Carlos Agora. Leia o artigo original: Tribunal define que júri popular definirá destino de Maria Paula

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