“Disciplina” e “Juiz do Crime”: o líder do PCC morto com 20 tiros

Elpídio da Silva Santos (foto em destaque), conhecido como “Dinho da Nhanhá”, foi morto a tiros na tarde de domingo (2/2), em Campo Grande (MS). Aos 36 anos, ele era um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC) na cidade, atuando como “disciplina” da facção – função responsável por garantir que os integrantes cumpram as regras impostas pelo grupo criminoso.

Dinho também exercia o papel de “juiz do crime” dentro do PCC, participando diretamente de julgamentos internos, conhecidos como “tribunal do crime”, em que criminosos decidem a punição para quem desrespeita o código da facção.

Elpídio acumulava um extenso histórico policial, com mais de 15 passagens pela polícia, incluindo homicídio e tráfico de drogas. Em 2018, foi investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) e denunciado, junto com nove comparsas, por envolvimento em uma organização criminosa que buscava dominar a Vila Nhanhá.

Durante essa investigação, a polícia descobriu que Dinho participou do tribunal do crime contra um homem apelidado de “Mascote”. O julgamento foi ordenado por Cleyton dos Santos Medeiros, o “G7” ou “Doido”, um dos gerentes da facção, morto em confronto com a polícia em 2020.

Execução

Dinho foi morto enquanto estava sentado com três mulheres na calçada de uma casa, na Vila Nhanhá. Os assassinos chegaram em um carro, um dos homens desceu armado e disparou mais de 20 vezes.

A vítima foi atingida no rosto e morreu no local. As mulheres que estavam com ele também foram baleadas, mas sem risco de morte. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que o assassinato foi um acerto de contas relacionado ao tráfico de drogas.

 

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