Moraes mantém prisão de general acusado de planejar matar Lula

Brasília – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu manter a prisão preventiva do general da reserva Mário Fernandes, acusado de integrar um plano golpista que envolvia um atentado contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o próprio ministro. A decisão, publicada na segunda-feira (3), negou o pedido de liberdade apresentado pela defesa do militar, que alegava falta de provas concretas para justificar a prisão.

Mário Fernandes foi preso em novembro de 2022 durante a operação “Punhal Verde e Amarelo”, que investigava uma tentativa de golpe de Estado após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições. Segundo a Polícia Federal (PF), o plano envolvia o sequestro e a execução de autoridades.

Acusações contra o general

A Polícia Federal apontou que Mário Fernandes teria um papel central na articulação do golpe. O general, segundo as investigações, participou da elaboração de um documento com estratégias para romper a ordem democrática e garantir a permanência de Bolsonaro no poder.

A defesa nega as acusações e argumenta que os documentos apreendidos pela PF não foram compartilhados com terceiros. Os advogados também alegam que Fernandes não teve envolvimento direto com a operação “Copa 2022”, que monitorava Moraes.

Decisões judiciais

A prisão preventiva do general foi mantida em diferentes momentos. Em dezembro de 2024, a defesa pediu a revogação da prisão alegando falta de requisitos legais para mantê-lo detido. Moraes negou o pedido no dia 26, reforçando a necessidade da detenção. No dia 31, um agravo regimental foi apresentado, mas também foi rejeitado.

Em janeiro de 2025, um novo pedido de liberdade foi feito ao STF. Moraes, porém, manteve a prisão, alegando que os argumentos da defesa não eram suficientes para justificar a soltura. O caso agora será analisado pela Primeira Turma do STF, que decidirá se Fernandes responderá ao processo em liberdade.

Quem é Mário Fernandes?

  • Ex-general de brigada, iniciou sua carreira na Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN) em 1983.
  • Promovido a general de brigada em 2016.
  • Atuou como chefe do Comando de Operações Especiais, em Goiânia (GO), entre 2018 e 2020.
  • Foi secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência durante o governo Bolsonaro.
  • Participou da organização dos acampamentos golpistas em Brasília.

Segundo mensagens obtidas pela Polícia Federal, Fernandes repassava informações do governo e prestava suporte financeiro aos manifestantes. A investigação também revelou que o documento “Punhal Verde e Amarelo” teria sido impresso dentro do Palácio do Planalto e levado ao Palácio da Alvorada.

A PF o classifica como um dos principais líderes militares ligados ao movimento golpista. “O general Mário Fernandes possuía influência direta sobre radicais acampados no QG do Exército e prestava suporte para os atos antidemocráticos”, aponta o relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal.

Entenda o caso Mário Fernandes e as acusações

  • O general foi preso em novembro de 2022 durante a operação “Punhal Verde e Amarelo”.
  • Investigação aponta que ele participou da elaboração de um plano golpista.
  • A Polícia Federal encontrou documentos que indicavam um possível atentado contra Lula, Alckmin e Moraes.
  • A defesa nega as acusações e afirma que o material não foi compartilhado com terceiros.
  • O STF manteve a prisão preventiva, e o caso será analisado pela Primeira Turma da Corte.

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