Após “arapuca do BC”, Lula buscará produtores para baratear alimentos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) associou o aumento no preço dos alimentos à alta do dólar e à “irresponsabilidade” do Banco Central que, segundo o chefe do Planalto, armou uma “arapuca” ao indicar a elevação da taxa básica de juros, a Selic, em 2025 ainda na gestão de Roberto Camos Neto e antes mesmo de Gabriel Galípolo assumir a autoridade monetária.

“O problema é o seguinte: tivemos um aumento do dólar porque a gente teve um Banco Central totalmente irresponsável, que deixou uma arapuca que a gente não pode desmontar de uma hora para a outra. Não se pode dar um cavalo de pau no Brasil”, disse o presidente, nesta quinta-feira (6/2).

O titular do Planalto assegurou que o governo “trabalha com afinco” para garantir a redução dos preços nos supermercados. Para isso, o presidente deve se reunir, na próxima semana, com produtores de carnes e de arroz para debater medidas para baratear os alimentos.

“Eu não posso fazer congelamento [de preço], eu não posso ter fiscal para ir em fazenda para ver se o gado tá guardado ou não. O que a gente pode fazer é conversar com os empresários”, ressaltou, em entrevista às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia.

Dólar x loucuras nos EUA

Ele também atribuiu o aumento do dólar às “loucuras que estavam sendo feitas nos Estados Unidos”, durante a campanha eleitoral, mas ressaltou que, agora, o câmbio começa a se ajustar.

“Comida barata na mesa do trabalhador é uma coisa que estamos perseguindo”, garantiu Lula.

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