Mais da metade dos trabalhadores formais em São Paulo têm entre 30 e 49 anos

Mais da metade dos trabalhadores formais em São Paulo têm entre 30 e 49 anosASSESSORIA DE IMPRENSA

A Fundação Seade divulgou dados sobre trabalhadores formais no Estado de São Paulo em dezembro de 2023, quando foram registrados 15,3 milhões de empregos formais, ou 28% do total nacional. Em comparação a dezembro de 2022, houve aumento de 2,9%. Os adultos de 30 a 49 anos representavam o maior contingente de trabalhadores formais (52,0%), enquanto 2,0% eram idosos com 65 anos ou mais.

 
Mais da metade dos empregos formais em 2023 (54,9%) eram ocupados por homens. Entre 2022 e 2023, as mulheres registraram crescimento maior (3,4%) do que os homens (2,4%), ampliando ligeiramente sua participação no total desses empregos (de 44,9% para 45,1%). Os salários médios de homens e mulheres correspondiam a R$ 4.885 e R$ 4.056, aumento de 2,3% e 1,7%, respectivamente. Com esses movimentos, a razão entre os salários das mulheres e dos homens diminuiu de 83,5%, em 2022, para 83,0%, em 2023.
 
Em 2023, 54,8% dos empregos formais no Estado de São Paulo eram ocupados por pessoas com ensino médio completo, redução de 3,9 p.p., em comparação ao ano anterior. Já os trabalhadores com ensino superior correspondiam a 23,8% do total, registrando decréscimo de 0,3 p.p. no mesmo período. Os salários aumentam com o avanço da escolaridade, com uma diferença de aproximadamente três vezes entre os extremos dos níveis de escolaridade.
 
Do ponto de vista da atividade econômica, os grupamentos de informação, comunicação, atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas, bem como o setor de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, possuíam os maiores contingentes de empregos formais e os salários médios mais altos, com acréscimos de 1,6% e 2,5%, respectivamente, em relação ao período anterior.
 
REDUÇÃO DE JOVENS – Analisando os dados, o economista são-carlense Elton Casagrande afirma que claramente a pesquisa relaciona demografia, evolução das faixas etárias e atividade econômica. As faixas etárias ligadas à força do trabalho pela metodologia do IBGE é a partir de 14 anos. “Então, a marcação é a cada 5 anos. E aí a gente vai avaliando ou verificando quanto a população cresce na década e quanto cada faixa evolui ou involuiu. Então, a faixa de 0 a 14 que já foi uma faixa que já reuniu um grande número de pessoas que são os jovens, caiu ao longo das décadas, e hoje, podemos dizer que a faixa de pessoas com mais de 65 anos tem um número maior do que a faixa de 0 a 14”, comenta o economista.
 
“Em relação à maior força de trabalho, principalmente na idade madura ou pós jovem, a partir dos 24 anos, então de 24 a 59 anos temos faixa bem importantes em termos de produtividade e evolução do rendimento médio e o perfil de consumo. Em relação às atividades econômicas, há variações destas atividades em termos de rendimento. Quanto maior o trabalho qualificado, maior deve ser o rendimento médio aferido. Em questões isso acontece, segundo os dados”, destaca. 
 
A FORÇA DA INFORMALIDADE – Casagrande aponta que boa parte da atividade empresarial do Brasil está fora da formalidade. “Mas também é precioso observar que a evolução dos trabalhos ou das ocupações informais têm crescido no Brasil, segundo o próprio IBGE, tanto do ponto de vista da empregabilidade quanto do ponto de vista da oferta de emprego pelos empregadores. Este é um aspecto que ainda tende a predominar no Brasil, ou seja, a informalidade no trabalho e a informalidade da atividade empresarial com muitas atividades que vão evoluindo ao longo dos anos sem CNPJ. São números que poderiam oferecer uma maior seguridade social quando formalizados. Mas também revelam a fragilidade das atividades empresariais no Brasil e também do emprego. Em última instância é a empresa que oferta emprego formal ou informal e a se a empresa é informal não vai ter trabalho formal”, explica ele.  
 
Ele ainda cita a revelação da pesquisa na relação entre formação educacional e salários. “Os aspectos do crescimento do emprego com ensino médio tende a crescer e dominar e também ligado ao avanço do ensino médio está a evolução do salário”, conclui ele.  

Fonte: São Carlos Agora. Leia o artigo original: Mais da metade dos trabalhadores formais em São Paulo têm entre 30 e 49 anos

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