EUA: réu é executado por asfixia considerada “tortura” pela ONU

Um americano de 52 anos, condenado à morte há quase 30 anos pelo estupro e assassinato de uma mulher, foi executado nessa quinta-feira (6/2), por meio da inalação de nitrogênio. Ele foi o quarto prisioneiro morto pelo método no estado do Alabama, nos Estados Unidos.

No entanto, o uso desse tipo de gás é questionado e criticado pela Organização das Nações Unidas (ONU), por ser considerado tortura. O estado é o único que ainda segue o protocolo, outras regiões usam a injeção letal.

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Condenado à morte

  • O homem executado é Demetrius Frazier. Ele foi condenado à morte em 1996 pelo estupro e assassinato de Pauline Brown. O crime aconteceu em Birmingham, no Alabama, em 1991, quando a vítima tinha 40 anos.
  • Frazier invadiu o apartamento de Brown, mãe de dois filhos, estuprou-a e atirou em sua cabeça.
  • Anos antes do crime, no estado de Michigan – onde não há pena de morte – ele havia sido condenado à prisão perpétua, desta vez pelo estupro e assassinato de uma menina de 14 anos, Crystal Kendrick, e por outros dois estupros.
  • O réu foi executado em uma prisão de Atmore, onde foi declarado morto às 18h36 (hora local), segundo o Departamento Correcional do Alabama. Essa foi a terceira execução realizada nos Estados Unidos em 2025. Em 2024, foram 25; e em 2023 houve 24 execuções.

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Método criticado

A execução por inalação de nitrogênio, que causa morte por hipóxia (deficiência de oxigênio), é criticada pela ONU, que a considera um “método não comprovado” que poderia “constituir tortura ou tratamento cruel, desumano ou degradante”. A União Europeia o classifica como “particularmente cruel”.

Frazier chegou a entrar com recursos para ser preso no Michigan e contra o método de execução por inalação de nitrogênio, porém, eles foram rejeitados pelos tribunais americanos.

A pena de morte, defendida por Donald Trump, foi abolida em 23 dos 50 estados dos EUA. Outros três, Califórnia, Oregon e Pensilvânia, emitiram moratórias.

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